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Energia solar ultrapassa 5 GW e pode ajudar Brasil a superar crise


Painel solar fotovoltaico. Foto: Shutterstock

A energia fotovoltaica representa hoje uma saída para o setor energético do país e poderá ser decisiva na recuperação pós-crise. Com grande capacidade de gerar empregos, a fonte solar acaba de ultrapassar no Brasil a marca de 5 gigawatts (GW) de potência operacional em usinas de grande porte, e também em pequenos e médios sistemas instalados em telhados, fachadas e terrenos. A informação é da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR). Segundo dados da associação, existem hoje 15 mil empresas atuando no mercado interno, com mais de R$ 26,8 bilhões em novos investimentos privados, gerando cerca de 130 mil postos de trabalho. “Nas crises de 2015 e 2016, o PIB do Brasil foi de -3,5% ao ano, mas o setor solar fotovoltaico cresceu mais de 300% ao ano. Com isso, ajudamos na recuperação do país. Agora, passada a fase mais aguda da pandemia, a energia solar fotovoltaica irá novamente alavancar a recuperação do Brasil. Será parte da solução, tanto para a sociedade, quanto para o meio ambiente”, afirma Rodrigo Sauaia, presidente da ABSOLAR. Para o presidente do Conselho de Administração, Ronaldo Koloszuk, a energia solar terá uma função cada vez mais estratégica no alcance das metas de desenvolvimento econômico do país, mesmo em um cenário de crise.

Usina solar. Foto: Procel Info / Eletrobras

"Poderá ajudar na recuperação da economia após a pandemia, já que se trata da fonte renovável que mais gera empregos no mundo”, defende. Usinas solares de grande porte são hoje a sétima maior fonte de geração do Brasil, com 92 empreendimentos em operação em nove estados brasileiros, nas regiões Nordeste (Piauí, Ceará, Bahia, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Paraíba), Sudeste (Minas Gerais e São Paulo) e Norte (Tocantins). O investimento acumulado até o momento é de cerca de R$ 14 bilhões. Embora seja a fonte limpa mais usada no Brasil — considerado um gigante em termos de recursos solares no planeta — o mercado ainda é pequeno, especialmente no segmento de geração distribuída (geração doméstica e de pequenos consumidores de energia). Dos 84,4 milhões de consumidores de energia elétrica, apenas 0,3% fazem uso da fonte fotovoltaica.



Geração distribuída. Foto: Procel Info / Eletrobras

Isso significa 2,42 gigawatts de potência instalada, que representam R$ 12,8 bilhões em investimentos acumulados desde 2012, espalhados pelas cinco regiões nacionais. A fonte solar é utilizada atualmente em 99,8% de todas as conexões de geração distribuída no país. O potencial de expansão, porém, é grande. No segmento de geração centralizada, o Brasil possui 2,68 gigawatts (GW) de potência instalada em usinas solares fotovoltaicas, o equivalente a 1,5% da matriz elétrica do País. Os investimentos totais previstos até 2025 referentes aos projetos já contratados em leilões de energia ultrapassam R$ 25,8 bilhões. Em 2019, a fonte foi a mais competitiva entre as fontes renováveis nos dois Leilões de Energia Nova, A-4 e A-6, com preços-médios abaixo dos US$ 21,00/MWh. *** Com informações da ABSOLAR e do Canal Bioenergia.

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