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Facebook derruba máquina de propaganda de Bolsonaro

Atualizado: 9 de jul. de 2020


O clã Bolsonaro tem grande atividade nas redes sociais. Investigações mostram ilegalidades (Reprodução)

Uma rede composta por 88 contas e páginas ligadas a funcionários dos gabinetes da presidência da República e do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) e do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-RJ) foi retirada do ar pelo Facebook nesta quarta-feira (8).

A empresa informa que a rede removida agia para enganar sistematicamente o público desde as eleições de 2018, e os administradores escondiam sua verdadeira identidade dos leitores.

Além de funcionários da presidência e dos filhos 01 e 02 de Bolsonaro, foram flagradas também pessoas ligadas aos deputados estaduais Alana Passos e Anderson Moraes, do PSL-RJ, que também são investigados em inquéritos das fakenews e do "gabinete do ódio" pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Também foram removidas 38 contas do Instagram envolvidas com irregularidades.

O esquema alcançava uma audiência de 2 milhões de pessoas, de acordo com a empresa Digital Forensic Research Lab (DRFLab), especializada no combate à desinformação, segundo o jornal O Globo.

O DRFLab apontou que o assessor especial da presidência da República, Tércio Arnaud Thomaz, é um dos responsáveis pela administração de páginas como a “Bolsonaro Opressor 2.0” no Facebook e a "@bolsonaronewsss" no Instagram.

“Muitas páginas do conjunto foram dedicadas à publicação de memes e conteúdo pró-Bolsonaro enquanto atacavam rivais políticos. Uma dessas páginas foi a página do Instagram @bolsonaronewsss. A página é anônima, mas as informações de registro encontradas no código fonte confirmam que pertence ao Tercio Arnaud. O conteúdo era enganoso em muitos casos, empregando uma mistura de meias-verdades para chegar a conclusões falsas”, diz o relatório do DRFLab.


Tércio Arnaud Thomaz, assessor especial de Bolsonaro e integrante do gabinete do ódio, banido da rede (Reprodução)

Paulo Eduardo Lopes, o Paulo Chuchu, assessor de Eduardo Bolsonaro, é visto pelo DRFLab como "um dos principais operadores de rede”.

Os pesquisadores não encontraram dados suficientemente conclusivos sobre indícios de participação de assessores de Flávio Bolsonaro no esquema.

Em junho, o jornal mostrou os perfis de alguns desses assessores que integram o chamado “gabinete do ódio”, entre eles, Tércio Arnaud Thomaz. Eles foram recrutados pelo vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) desde 2013 para trabalhar em seu gabinete e reproduzir memes com ataques a adversários primeiro em páginas de Facebook. Alguns faziam parte da equipe do vereador e agora trabalham como assessores do presidente Jair Bolsonaro.

Um gigante sob asfixia

O gigante Facebook vem sendo pressionado pelo sistema - representado pelas maiores empresas do mundo - a agir contra as fakenews. Desde 2013, o Facebook faz vista grossa aos grandes malfeitos que abalam democracias - quando muito, se deu o trabalho de excluir pontualmente alguns perfis. No Brasil, especialistas garantem que as eleições de 2018 foram fraudadas escancaradamente nas redes sociais por campanhas de mentiras (fakenews), assim como ocorreu com o Brext no Reino Unido. Resta saber se a revoada dos grandes anunciantes será suficiente agora para a limpeza necessária, não apenas desse "gabinete do ódio" bolsonarista. Se será necessário que os gigantes anunciantes façam como o policial branco que asfixiou até a morte o negro Foyd, nos Estados Unidos, e desencadeou toda uma onda de protesto mundo afora, como mostrou a matéria "Gigante estrangulado: Facebook sob o joelho da opinião pública", do jornalista Luiz Augusto Erthal, aqui no TODA PALAVRA.

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