2ª onda no Brasil vem com festas de Natal e Ano Novo
O que vai trazer a segunda onda para o Brasil são as festas de Natal e de fim de ano. O alerta foi feito pela pneumologista e pesquisadora da Fiocruz Margareth Dalcolmo, que prevê que "teremos o janeiro mais triste da nossa História porque nós falhamos em trazer uma consciência cívica da gravidade do que estamos vivendo".
A cientista fez a afirmação ao participar do debate "E agora, Brasil?", promovido pelos jornais O Globo e Valor Econômico na última quinta-feira (10). De acordo com Dalcolmo, a epidemia “mudou de lugar”: saiu das ruas e entrou nas casas, porque os jovens, acreditando serem invulneráveis, abandonaram o isolamento social e levaram o coronavírus para seus pais e avós.
Pico de julho
Desde o início de novembro, os casos de Covid-19 no Brasil voltaram a subir e estão quase no mesmo nível do pico de julho, em novos casos diários na média móvel de sete dias. Os dados divulgados pela Agência Brasil são do Monitora Covid-19, do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde, da Fundação Oswaldo Cruz (ICICT/Fiocruz).
Durante toda a pandemia, o dia em que foram registrados mais casos novos de Covid-19 no país foi 29 de julho, com 46.393. Após esse dado, a tendência geral de contágio se manteve em queda, atingindo o mínimo de 16.727 casos novos no dia 6 de novembro. Os dados atualizados ontem (13) apontam para 42.630,29 casos novos. Na sexta-feira (11), o país notificou 43.179,86 casos na média móvel de sete dias.
Há um mês, no dia 14 de novembro, a tendência de alta era percebida, com 27.917 casos. No domingo passado (6), chegaram a 41.257,14.
Óbitos
No registro de óbitos em médias móveis, o país se manteve num patamar acima de 900 casos por dia entre 23 de maio e 27 de agosto. A queda se manteve constante até o pico mínimo de 323,86 no dia 11 de novembro. No domingo passado a tendência de alta se consolidava com 586,86 e ontem foram 637,29 mortes causadas pela covid-19 no país.
O Brasil acumula 6.901.952 casos de covid-19 e 181.402 óbitos, segundo os dados divulgados ontem pelo Ministério da Saúde.
Rio de Janeiro
No estado do Rio de Janeiro, os dados do Monitora Covid-19 apontam para quedas e subidas constantes no número de novos casos diários na média móvel de sete dias. O pico de alta foi em 25 de julho, com 3.009 casos, e houve um pico de baixa no dia 10 setembro, com 648,86. Desde então os registros oscilam na faixa entre mil e 2 mil casos por dia, com poucos dias abaixo de 800. No dia 14 de novembro foram 1.613,86 casos novos e há uma semana, no dia 6 de dezembro, 2.637. Os dados registram 2.578,57 casos novos ontem.
Os óbitos no estado seguiram um padrão parecido, sem uma queda constante nos números. As mortes por Covid-19 oscilaram entre 60 e 130 de 1º de julho a 1º de novembro, com um pico de baixa no dia 11 de novembro, quando foram 30,14 óbitos. Há uma semana foram 81,43 e ontem 84,43.
Neste domingo foram confirmados 624 novos casos de Covid-19 e quatro óbitos em todo o estado, Desde o início da pandemia, o Rio já registrou 23.722 vidas perdidas em decorrência da doença e 389.125 casos do coronavírus. Na rede pública estadual, 270 pacientes aguardam por um leito de UTI e outras 208 pessoas por uma vaga de enfermaria.
Leitos na capital
A prefeitura do Rio de Janeiro informou no domingo (13) que a rede municipal possui atualmente 918 leitos para Covid-19, sendo 288 em Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Em toda a rede do Sistema Único de Saúde (SUS), que inclui as unidades municipais, estaduais e federais, o município está com ocupação de 93% dos leitos para Covid-19 em UTIs e de 92% nos leitos de enfermaria.
Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, a rede SUS na capital está com 1.401 pessoas internadas em leitos especializados para Covid-19, sendo 600 em UTIs. Cerca de 400 pessoas aguardam transferência, 205 delas para leitos de UTIs. O número de pessoas internadas praticamente dobrou desde o início de novembro.
No dia 3 de novembro não havia fila de espera de leitos para Covid-19 na cidade, com total de 881, sendo 251 deles em UTIs. Naquele momento, a rede SUS estava com ocupação de 80% dos leitos para Covid-19, com 52% em enfermarias. Eram 729 pessoas internadas em leitos especializados na capital, sendo 378 em UTIs.
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