Amazônia ameaça Mercosul-UE, e Mourão fala da Argentina
- Da Redação
- 28 de ago. de 2020
- 2 min de leitura

O acordo comercial entre a União Europeia (UE) e o Mercosul – formado por Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai – parece estar começando a fazer água, afirmou o vice-presidente brasileiro Hamilton Mourão nesta quinta-feira (27).
Durante uma transmissão ao vivo, organizada pela Federação das Câmaras de Comércio Estrangeiras, Mourão citou vários problemas relacionados com a Argentina ao falar sobre o documento firmado no ano passado.
"Esses problemas surgem num momento em que o grande esforço que foi feito no ano passado na articulação daquele acordo Mercosul-UE parece estar começando a fazer água", afirmou Mourão, usando um termo que significa "afundar".
Sobre a Argentina, Mourão falou do aumento dos casos de Covid-19 para lembrar que aquele país chegou pela primeira vez a mais de 10 mil novos casos em 24 horas - com 276 mortes - na quarta-feira (26). E falou também da demora do governo argentino em permitir a entrada de produtos brasileiros e a crise da dívida do país vizinho.
O acordo entre UE e Mercosul foi firmado em junho do ano passado após quase 20 anos de negociações, mas para que entre em vigor é necessário o ajuste jurídico e técnico dos textos e a ratificação nos parlamentos dos países membros do Mercosul, o Parlamento Europeu e os 28 Estados da UE.
Representantes da Irlanda, França e Holanda já se manifestaram contra a ratificação do acordo por problemas de preservação da Amazônia no Brasil, e na semana passada a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, disse ter "sérias dúvidas" de que o acordo possa entrar em vigor, devido ao aumento do desmatamento na Floresta brasileira.
Sobre o aumento do desmatamento da Amazônia no atual governo, Mourão não teceu comentários aprofundados na mesma transmissão ao vivo.
Mourão também sugeriu que o Itamaraty e o Ministério da Economia brasileiro criassem um grupo de trabalho para acompanhar o andamento do acordo.
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