Atletas do Optimist superam obstáculos para participar de seletiva
Começa amanhã, terça-feira (4/3), no Clube Naval Charitas, em Niterói, a Seletiva da Classe Optimist 2025. Realizado pela OptiBRA, associação da classe, com apoio da CBVela (Conferedação Brasileira de Vela), o evento contará com a participação de mais de 150 jovens atletas de até 15 anos de idade e de diferentes estados do país.

Os resultados da prova serão somados aos do campeonato brasileiro, que foi realizado em Vitória, no Espírito Santo, em janeiro, para formar um ranking de velejadores que irão representar o Brasil nos principais campeonatos internacionais: Mundial, Europeu, Sul-Americano, Norte-Americano, Asiático e Africano.
Alunos de projetos sociais e escolas de vela de outras cidades e estados vão participar da seletiva e já estão treinando nas águas da Baía de Guanabara. Mas para chegar a Niterói, alguns deles tiveram que enfrentar dificuldades e superar obstáculos. Tudo, afinal, por uma oportunidade de integrar o time que vai competir no circuito internacional.
O atleta Miguel Moura está representando a Escolinha de Vela do Rio São João, em Casimiro de Abreu, norte do Estado do Rio de Janeiro. Ele é um dos destaques do projeto socioesportivo que oferece aulas gratuitas de vela e canoagem a crianças e jovens.
Diferentemente de outros velejadores que estão na competição, Miguel não conta com um técnico para acompanhá-lo nos treinos. Mas tem o apoio incondicional do pai, que dirigiu 143 quilômetros para levá-lo até Niterói, transportando o barco no teto do carro.

Os velejadores Leonardo Anthon, Bruno Martins e Arthur Rodrigues vieram de Foz do Iguaçu. Eles são do projeto 'Velejar é preciso'. O técnico dos meninos, Fábio Santa Cruz, conta que o grupo enfrentou 30 horas de ônibus do Paraná ao Rio de Janeiro.
"Agradecemos à CBVela por emprestar os barcos aos atletas e ao Clube Naval Charitas que disponibilizou o alojamento", exclama ele.
A Escola de Vela de Ilha Bela, que tem apoio da prefeitura da cidade, enviou dois atletas. Samy Baptista compôs o Time Brasil em 2024 e representou o país no campeonato Norte-Americano, em Porto Rico. Vitório Manica busca a primeira oportunidade de ingressar no ranking.

Representando o Projeto Grael, o velejador Miguel Morela fez parte do Time Brasil no ano passado e disputou o campeonato Norte-Americano. O niteroiense pretende encarar a seletiva com muita garra para superar a frustração de ter o barco furado e equipamentos quebrados que atrapalharam sua performance durante o campeonato brasileiro, em janeiro.
O jovem velejador conta que atualmente se divide entre os treinos e os estudos. Logo após a seletiva, ele vai encarar uma semana de provas na escola.
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