Brasil fecha terça-feira com 10 pódios e 48 medalhas no geral em Paris
Em mais um dia cheio de medalhas, o Brasil conquistou 10 pódios nesta terça-feira, 3, em Paris. Foram dois ouros, duas pratas e seis bronzes para a delegação brasileira, fechando 48 medalhas no geral até aqui nos Jogos Paralímpicos. O Brasil é o quarto colocado no quadro de medalhas com 14 de ouro, 10 de prata e 24 de bronze.
Além disso, a seleção de futebol de cegos, que estava classificada para as semifinais, empatou por 0 a 0 com a China e garantiu o primeiro lugar no grupo A. No goalball, vitória da seleção feminina por 2 a 0 sobre o Japão e vaga nas semifinais em busca da medalha inédita. O vôlei sentado masculino encerrou sua participação na fase de grupos com vitória por 3 a 1 sobre a Ucrânia.
Atletismo
O sul-mato-grossense Yeltsin Jacques conquistou o ouro e o paulista Júlio César Agripino o bronze nos 1500m da classe T11 (deficiência visual). Yeltsin fez o tempo de 3min55s82, quebrando os recordes mundial e paralímpico que eram dele mesmo, obtido nos Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020 com 3min57s60. Júlio completou o percurso em 4min04s03. A prata ficou com o etíope Yitayal Yigzaw, que correu em 4min03s21.
Yeltsin conquistou sua quarta medalha paralímpica em Paris, somando aos dois ouros em Tóquio 2020, um nos 5.000m e outro nos 1.500m, ambos na classe T11. Ele ganhou o bronze em Paris nos 5000m, prova em que Júlio Agripino foi ouro.
No lançamento de dardo, a baiana Raissa Machado conquistou a prata na classe F56 (competem sentados). Ela lançou em 23,51m e ficou atrás somente dos 24,99m de Diana Krumina, da Letônia. Essa é a segunda medalha de Raissa em Jogos. Em Tóquio 2020, ela também foi prata na mesma prova. No Mundial de Kobe 2024 ela conquistou a medalha de ouro.
A acreana Jerusa Geber conquistou a medalha de ouro na final dos 100m T11 (deficiência visual). Ela fez 11s83. Foi a primeira medalha de ouro de Jerusa em Jogos. Ela havia batido o recorde mundial da prova nas semifinais quando correu em 11s80 nesta segunda-feira, 2.
Outra brasileira envolvida na disputa, a paranaense Lorena Spoladore chegou em terceiro lugar e ficou com a medalha de bronze, com o tempo de 12s14.
A maranhense Rayane Soares conquistou a medalha de prata na final dos 100m T13 (deficiência visual), com o tempo de 11s78. Estabeleceu o novo recorde das Américas, que até então era o que havia feito nas eliminatórias. Foi também a primeira medalha paralímpica de Rayane na carreira.
O rondoniense Mateus Evangelista conquistou a medalha de bronze na final do salto em distância T37 (paralisados cerebrais). O salto que lhe garantiu o pódio foi em 6,20m, o seu melhor na temporada. Foi a terceira medalha de Evangelista em Jogos, que também havia sido bronze na mesma prova em Tóquio 2020. Ele também soma uma prata no Rio 2016
Futebol de Cegos
Pentacampeão paralímpico do futebol de cegos, o Brasil empatou por 0 a 0 com a China e terminou em primeiro lugar no Grupo A, na última partida da fase de grupos, na Arena da Torre Eiffel. A França terminou em 2º no grupo. Agora, o Brasil encara a Argentina em busca da final.
A seleção já estava classificada para a semifinal dos Jogos Paralímpicos de Paris, que acontece na quinta-feira, 5. No outro grupo, Argentina e Colômbia estão classificados.
Goalball
A seleção brasileira feminina de goalball venceu o Japão por 2 a 0, no Centro de convenções da Porta de Versailles, e se classificou para as semifinais em busca da inédita medalha. Os dois gols do Brasil foram marcados por Jessica Vitorino.
A seleção agora aguarda o adversário da semifinal, que será disputada nesta quarta-feira, 4.
A primeira participação do Brasil na modalidade em Jogos Paralímpicos aconteceu em Atenas 2004.
Natação
A carioca Mariana Gesteira conquistou a medalha de bronze nos 100m costas S9, destinada a atletas com limitações físico-motoras, com o tempo de 1min09s27. O ouro ficou com a americana Christie Raleigh-Crossley (1min07s92) e a prata com a espanhola Nuria Marques Soto (1min09s24).
A Mayara Petzold conquistou a medalha de bronze nos 50m borboleta S6, destinada a atletas com limitações físico-motoras, com o tempo de 37s51. As chinesas Yuyan Jiang (35s03) e Daomin Liu (37s10) ganharam ouro e prata, respectivamente.
Tênis de mesa
A catarinense Bruna Alexandre conquistou a medalha de bronze nas disputas individuais da classe W10 (andantes) do tênis de mesa, na Arena Paris Sul. O resultado veio com uma derrota na semifinal para a australiana Qian Yang por 3 sets a 2 (6/11, 11/3, 9/11, 11/9 e 11/3). A adversária havia sido algoz de Bruna nos Jogos de Tóquio 2020, ocasião em que Bruna ficou com a prata.
Esta foi a segunda medalha de Bruna nos Jogos Paralímpicos de Paris. Ao lado da também catarinense Danielle Rauen, ela também foi bronze nas duplas WD20. Bruna é a maior medalhista brasileira da modalidade, com seis pódios ao todo.
Com informações do Comitê Paralímpico Brasileiro
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