BRICS ajuda Sul Global a se livrar do modelo de 'tomar partido', diz Global Times
O BRICS é um produto do Sul Global que não tem intenção de confrontar com alguém, livrando seus membros da escolha de lado tradicionalmente imposta pelas organizações internacionais ocidentais, diz o jornal Global Times.
O BRICS é uma associação interestatal criada em 2006 pelo Brasil, Rússia, Índia e China, formando o nome da organização a partir das primeiras letras dos países, com a adesão da África do Sul em 2010.
O ano de 2024 começou com a entrada de novos membros na associação: Egito, Etiópia, Irã, Emirados Árabes Unidos e Arábia Saudita.
Em 2025, a presidência do BRICS passou da Rússia para o Brasil.
No primeiro dia deste ano, mais nove países se tornaram oficialmente parceiros do BRICS: Bielorrússia, Bolívia, Indonésia, Cazaquistão, Tailândia, Cuba, Uganda, Malásia e Uzbequistão.
O Global Times enfatiza o fato de uma preocupação no Ocidente com a expansão de cooperação no âmbito do BRICS, especialmente após a 16ª Cúpula do BRICS em Kazan, com a participação de representantes de 36 países e seis organizações internacionais, realizada de 22 a 24 de outubro de 2024.
O jornal diz que a mídia ocidental não demorou a caracterizar esses eventos como um confronto do Sul Global contra o Ocidente.
"O BRICS é uma organização não ocidental, mas não é uma organização antiocidental. Desde sua criação, o BRICS articulou claramente seu papel e sua missão: não começar de novo, não se envolver em confrontos de campos e não buscar substituir ninguém", afirma o Global Times.
O artigo destaca que o modelo de cooperação dentro do BRICS permite aos participantes evitar um jogo de soma zero em que o ganho de um jogador significa necessariamente a perda para o outro.
Por este motivo, o BRICS acabou ganhando popularidade entre os países que buscam escapar do modelo de ordem mundial imposto pelo Ocidente e procuram uma alternativa mais justa e equitativa.
"Por meio da plataforma do BRICS, o Sul Global pode se livrar da pressão geopolítica tradicional de 'tomar partido' e buscar maior autonomia em um mundo multipolar."
Segundo o jornal, "ações hegemônicas" dos países ocidentais afetaram a maioria global, enquanto os países-membros e parceiros do BRICS não só alcançaram um progresso significativo, mas continuam se desenvolvendo e defendendo um sistema global multipolar.
Da Sputnik Brasil, parceira do TODA PALAVRA
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