Cientistas alertam para seca global no século 21
Um estudo publicado no Journal of Climate revela o preocupante aumento em até 200% da seca agrícola sobre a maior parte do continente americano (incluindo a Amazônia), a Europa e a região do Mediterrâneo, além do sul da África, Sudeste Asiático e Austrália sob cenários de emissões moderadas no século 21. O levantamento também alerta para o crescimento da seca generalizada.
De acordo com o site Phys, a seca está entre os perigos naturais mais prejudiciais do mundo, muitas vezes causando severas perdas para a agricultura, ecossistemas e sociedades humanas. Registros históricos de precipitação, fluxo de corrente e índices de seca derivados da observação mostram aumento da aridez desde a década de 1950 em várias regiões, como África, sul da Europa, leste da Ásia, leste da Austrália, noroeste do Canadá e sul do Brasil.
“As projeções do modelo climático também sugerem que a seca pode se tornar mais severa e generalizada à medida que o aquecimento global induzido por gases de efeito estufa continua no século 21”, disse Zhao Tianbao, professor e pesquisador do Instituto de Física Atmosférica (IAP) da Academia Chinesa de Ciências.
Aumento das temperaturas provoca fatores que levam à seca generalizada e crescente
Recentemente, Zhao e seu colega Dai Aiguo, professor da Universidade Estadual de Nova York, investigaram ainda mais mudanças hidroclimáticas e secas nas últimas projeções de 25 modelos da Fase Seis do Projeto Modelo de Inetercomparação Acoplado (CMIP6). O estudo sugere que as últimas projeções dos modelos CMIP6 reafirmam a secagem generalizada e o aumento da seca agrícola em até 200% sobre certas regiões sob cenários de emissões moderadas no século 21.
“Como se isso não fosse ruim o suficiente, estima-se que a seca também terá maior duração e se espalhará mais no final do século”, observou Zhao.
Os resultados do modelo sugerem uma diminuição da média e o achatamento das funções de distribuição de probabilidades das métricas de seca, apesar das grandes incertezas nas projeções individuais, em parte devido à variabilidade interna.
“Com o aumento das temperaturas, em todos os lugares há uma demanda crescente de umidade da atmosfera, e a precipitação diminui sobre muitas regiões subtropicais. Estes são os principais fatores da seca generalizada e crescente”, disse Zhao.
*Com informações do Olhar Digital.
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