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Estado do Rio lança primeiro Corredor Sustentável do país

O programa Corredores Sustentáveis foi lançado nesta sexta-feira (24 /11) pelo Governo do Estado do Rio de Janeiro. O projeto-piloto, coordenado pela Secretaria de Energia e Economia do Mar, acontece na Rodovia Presidente Dutra e já conta com sete postos de combustíveis adaptados para abastecer veículos pesados com gás natural e biometano. Até o fim do ano, serão 10. O primeiro corredor sustentável do país permitirá que caminhões e ônibus trafeguem entre os estados do Rio de Janeiro e São Paulo emitindo menos gases do efeito estufa e gerando menos poluição sonora.

Governo do Estado do Rio

No Diário Oficial de hoje, foi publicado o decreto nº 48.813, em que o governador Cláudio Castro cria o Selo Corredor Sustentável, que será concedido aos estabelecimentos que se adaptarem para abastecer veículos pesados com combustíveis de baixo carbono.


"Em um posto não adaptado, um veículo pesado precisa ficar parado, de 45 a 50 minutos, para o abastecimento completo com gás natural. Os postos certificados com o Selo Corredores Sustentáveis abastecerão o mesmo veículo em até 15 minutos. Trata-se de um projeto imprescindível no processo de descarbonização do setor de transportes do estado. Estamos trabalhando para o desenvolvimento sustentável, garantindo a autonomia do transporte pesado, tanto de cargas como de passageiros. A substituição do diesel pelo gás natural e biometano reduz a emissão de gases nocivos à saúde e ao meio ambiente", afirmou o governador.


A substituição do diesel pelo o gás natural representa redução de emissão de gases do efeito estufa em torno de 20%, caso seja usado gás natural. Com a inclusão de biometano na rede, a diminuição da poluição é ainda maior, já que a emissão de CO2 do biometano é praticamente nula.


Por exemplo, se 1000 veículos pesados que cruzam a Dutra substituíssem o diesel por gás natural, deixariam de emitir 52 toneladas de CO2 equivalente, o que corresponde à quantidade de CO2 retirada por 200 árvores. A substituição do diesel por gás natural diminui ainda em 85% a emissão de material particulado, também chamado de fuligem, poluente prejudicial à saúde que intensifica o aquecimento global.


"Estamos anunciando um programa com impactos diretos na saúde da população e no meio ambiente. O Estado do Rio de Janeiro saiu na frente, ratificando o compromisso com a descarbonização, com a transição energética", afirma o vice-governador e secretário de Estado do Ambiente e Sustentabilidade, Thiago Pampolha.


O incentivo ao uso de gás natural, além de beneficiar o meio ambiente, é importante para a economia fluminense. O Rio de Janeiro é o maior produtor de gás natural do país, com cerca de 70% da produção nacional. O estado tem a segunda maior rede de gasodutos de distribuição, que transportam o gás até o consumidor final.


De acordo com dados da Naturgy, distribuidora de gás canalizado do estado, o Rio possui a maior rede de postos com GNV do país – são mais de 650 postos – possibilitando maior rapidez na implantação do projeto-piloto. E, até o fim de 2027, a companhia projeta mais 200 novos postos.


"O gás natural é o combustível da transição energética devido à menor emissão de carbono. Além disso, o incentivo ao uso do gás natural movimenta a economia interna e reduz a dependência da importação do diesel. O Estado do Rio tem a maior frota de veículos leves a gás do país. São aproximadamente 1,7 milhão de carros. Com os Corredores Sustentáveis, garantimos infraestrutura para que veículos pesados também tenham autonomia para trafegar com gás natural e incentivamos que mais empresas passem a utilizar essa alternativa mais sustentável. Nossa meta é ampliar o Programa Corredores Sustentáveis para outras rodovias interestaduais até o segundo semestre de 2024", afirma o secretário de Energia e Economia do Mar, Hugo Leal.


Para conseguirem a certificação, os postos terão que fazer adaptações nas bombas, como a utilização de mangueira e bico de alta vazão, área de manobra necessária para veículos pesados, entre outros requisitos técnicos. O objetivo do programa é incluir ainda a oferta de eletrificação e de combustíveis renováveis.


Fonte: Núcleo de Imprensa do Governo do Estado do Rio de Janeiro


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