Estado e concessionárias de água se unem para combate à estiagem
O Governo do Estado do Rio de Janeiro, por meio da Secretaria do Ambiente e Sustentabilidade e da Cedae, e as concessionárias de saneamento que atendem a região do Leste Metropolitano realizarão obras emergenciais para manter a vazão do Sistema Imunana-Laranjal e minimizar os efeitos da estiagem sobre o abastecimento de água para a população fluminense.
Sistema Imunana-Laranjal antes de depois da seca prolongada no Estado do Rio (Divulgação / Cedae)
Com a seca prolongada, os sistemas Imunana-Laranjal, que atende o Leste Metropolitano; e Acari, que abastece parte da Baixada Fluminense, estão em estágio de alerta, informou a Cedae na última terça-feira (10/9). Niterói, São Gonçalo, Itaboraí e Baixada Fluminense estão entre as regiões que podem ser afetadas.
"Caso o regime de chuva não se normalize, alguns municípios da região leste da Baía de Guanabara poderão ser afetados com escassez hídrica: São Gonçalo, Niterói, Itaboraí, parte de Maricá e Ilha de Paquetá", explicou Daniel Okumura, diretor de Saneamento e Grande Operação da Cedae.
Sistema Imunana-Laranjal
O Sistema Imunana-Laranjal opera com capacidade máxima, mas sem previsão de chuvas para os próximos dias existe o risco de diminuição na captação de água.
O abastecimento poderá ser reduzido para os municípios de São Gonçalo, Niterói, Itaboraí (água bruta) e parte de Maricá (Inoã e Itaipuaçu) - áreas atendidas pelas concessionárias Águas do Rio e Águas de Niterói, que estão cientes da situação.
O Sistema Integrado Imunana-Laranjal também abastece a Ilha de Paquetá, no Rio de Janeiro. A captação é feita no Canal de Imunana, formado pelos rios Guapiaçu e Macacu, e localizado no município de Guapimirim. Para que o sistema opere de forma plena, é preciso que o regime de chuvas na bacia do manancial se normalize.
Obras emergenciais
Os trabalhos começam ainda esta semana, com obras de desassoreamento do Canal de Imunana, onde a Cedae faz a captação de água para abastecer cerca de dois milhões de pessoas. Durante a reunião, a secretaria, Inea, Cedae e as concessionárias se comprometeram a fornecer retroescavadeiras para o serviço.
Também serão instaladas bombas abaixo da Barragem do Rio Macacu para aumentar o volume disponível para tratamento.
Cenário
O Canal de Imunana é formado pela confluência dos rios Macacu e Guapiaçu, no município de Guapimirim. Com a falta de chuvas, o nível do Rio Macacu está 16% abaixo da média registrada neste período nos últimos três anos. Se mesmo com essas medidas, o nível do rio continuar baixo, existe a possibilidade de se construir uma adutora para trazer água do Rio Guapimirim para o Canal de Imunana.
"Não poupamos esforços para nos adaptar às mudanças climáticas. Mantemos diversas ações de prevenção frente à esta nova realidade e estamos prontos para atuar de maneira emergencial, quando necessário, para que os impactos na vida da população sejam minimizados", reforçou o governador Cláudio Castro.
O secretário do Meio Ambiente e Sustentabilidade, Bernardo Rossi, reiterou a necessidade de diminuir os prejuízos da estiagem.
"Os dados meteorológicos indicam que a escassez de chuvas vai se estender até outubro. Por isso, estamos atacando o problema de forma emergencial, mas já nos preparando a médio prazo. O importante é manter o abastecimento, para que a população não necessite alterar sua rotina", afirmou Rossi.
No início da semana, a Cedae divulgou um alerta sobre o risco de redução da produção de água por causa do baixo volume de água nos mananciais de captação.
"Estamos atentos aos efeitos das adversidades climáticas e buscando formas de nos anteciparmos aos problemas para reduzir o impacto para a população", disse o presidente da Cedae, Aguinaldo Ballon.
Fonte: Núcleo de Imprensa do Governo do Estado do Rio de Janeiro
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