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Festival promove cultura da Rússia e ensina russo a brasileiros


(Foto: Guilherme Correia/Sputnik)

Da Sputnik Brasil

Por Guilherme Correia

A Cinemateca recebeu a 10ª edição da Mostra de Cinema Russo e Soviético, em 2024, em São Paulo. Com apoio governamental, o evento divulga a cultura e o cinema russo no Brasil, tendo realizações semelhantes em Porto Alegre e Fortaleza.


Foi apresentada seleção de filmes e atividades culturais voltadas à preservação e disseminação do legado artístico da Rússia.


Este ano, o destaque cinematográfico é "No Submundo de Moscou", do diretor Karen Shakhnazarov, com sessões amplamente apoiadas por instituições culturais e governamentais russas.


A Cinemateca Brasileira, que abriga o evento, é o maior acervo cinematográfico da América do Sul e uma atua na preservação do patrimônio audiovisual.


Entre os apoiadores do festival, destacam-se a Embaixada da Federação da Rússia no Brasil e o Rossotrudnichestvo, agência do governo russo responsável pelo intercâmbio cultural.

Além disso, organizações como o Grupo Volga de Folclore Russo e o Instituto Soyuz contribuem com o evento.


O Grupo Volga, ativo desde 1981, traz apresentações de danças, música e culinária, destacando a herança dos imigrantes russos no Brasil.


O Instituto Soyuz, por sua vez, combina ensino de idiomas com princípios de educação popular, aproximando a cultura russa das comunidades brasileiras.


Professora de russo, Cinthia Pinheiro Lopes comenta que o interesse pelo idioma tem crescido muito, especialmente pela união do Brasil e Rússia por meio do BRICS.


"Agora com o BRICS eu sinto que está tendo um boom de russo e também essas relações, esse investimento cultural que a Rússia também está fazendo aqui no Brasil [...] A gente está cada vez mais aproximando um país com o outro."


Vendedor de produtos da culinária russa, Dmitry Dmitroff contou para a Sputnik Brasil que o evento ajuda a divulgar a rica cultura de seu país, ao destacar a alegria do povo russo, ao contar que os familiares se mudaram para o Brasil em 1926.


"Meu pai nasceu lá, veio com sete anos, e viemos para uma colônia russa que tinha divisa com Mato Grosso, Santa Anastácia", relembra, dizendo que se mudou para São Paulo e foi viver no bairro da Vila Zelina, conhecido por sua imigração de russos e pessoas do leste europeu [...] "O pessoal talvez tem uma visão diferente do que é o russo, o russo é um povo alegre, descontraído e tudo mais, e tem uma cultura gastronômica muito rica", afirmou ele.

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