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Flávio Bolsonaro acessou cofre antes de pagar imóveis em dinheiro vivo


Um relatório elaborado pelo Laboratório de Combate à Lavagem de Dinheiro e Corrupção do Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ), no âmbito das investigações do esquema de rachadinha no gabinete do vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ), aponta que o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) mantinha um cofre com o seu irmão em uma agência bancária do Banco do Brasil (BB), na capital fluminense. De acordo com o ICL Notícias, Flávio acessou o cofre um dia antes de pagar R$ 638 mil em dinheiro vivo na aquisição de dois apartamentos em 2012.


As informações foram reveladas pelos jornalistas Juliana Dal Piva e Igor Mello e publicadas no ICL Notícias neste sábado (6), após análise de dados de investigações sobre crimes de peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa nos gabinetes dos irmãos Bolsonaro.


Segundo a reportagem, nem mesmo os promotores que conduziram as investigações do esquema de rachadinha no MP-RJ sabiam da existência do cofre. A investigação acreditava que o fluxo de dinheiro vivo no esquema era feito exclusivamente pelo ex-assessor Fabrício Queiroz, homem de confiança de Jair Bolsonaro e pivô do escândalo no gabinete de Flávio. O senador, porém, admitiu que guardou em casa cerca de R$ 30 mil.


Apesar de grande parte das datas de acesso ao cofre estar ocultada, documentos não tarjados possibilitaram a identificação de visitas de Flávio Bolsonaro ao cofre em momentos próximos às suas transações imobiliárias de 2012.


No dia 27 de novembro de 2012, Flávio Bolsonaro formalizou em cartório a aquisição de duas quitinetes em Copacabana, após ter acessado o cofre no dia anterior. As negociações incluíram pagamentos inicial e final através de cheques que totalizaram R$ 310 mil, complementados pelo montante em espécie no dia da finalização da venda.


A investigação, conduzida originalmente por promotores do MP-RJ, teve seu sigilo bancário quebrado em 2019, revelando que, no mesmo dia da compra, o vendedor dos imóveis realizou depósitos bancários incluindo os cheques e o dinheiro em espécie recebido. Posteriormente, Flávio Bolsonaro revendeu os imóveis obtendo um lucro superior a R$ 800 mil.


O senador Flávio Bolsonaro foi denunciado pelo MP-RJ junto com sua esposa Fernanda e Glenn Howard Dillard, acusados de peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa. A investigação segue sob responsabilidade da Procuradoria-Geral de Justiça do Rio, mantida em sigilo após anulação das quebras de sigilo pelo STJ.


Mansão quitada 27 anos antes do previsto

As novas revelações envolvendo o filho zero um de Jair Bolsonaro ocorrem na mesma semana em que veio a público que Flávio quitou, com antecipação de 27 anos, uma mansão adquirida por R$ 5,97 milhões em 2021. Ao comprar a casa, no Lago Sul, região nobre de Brasília, o senador deu uma entrada de R$ 2,87 milhões e financiou R$ 3,1 milhões junto ao Banco BRB para que fosse quitado em 30 anos. Neste ano, três anos depois, a dívida já foi saldada.


A informação foi veiculada na última quarta-feira (3) pelo Estadão, e consta em uma ação apresentada pela deputada federal Erika Kokay (PT-DF) contra o Banco BRB e o senador. Segundo Kokay, o banco concedeu financiamento ao senador e à sua mulher “em desacordo com suas próprias regras internas”. A parlamentar pediu ao Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) a nulidade do empréstimo. Conforme alegado, a renda informada pelo casal não seria suficiente para firmar o financiamento.


O outro lado

Flavio Bolsonaro divulgou a seguinte nota sobre as revelações feitas pela reportagem.


“Mantive um cofre no Banco do Brasil por razões de segurança. Durante algum tempo, ele guardou itens pessoais e, posteriormente, deixou de ser necessário. Os pagamentos mencionados pela repórter não têm qualquer ligação com o cofre e estão registrados no cartório de imóveis”.



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