General Heleno ataca jornalista Janio de Freitas
- Da Redação
- 13 de dez. de 2020
- 2 min de leitura

O secretário do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República (GSI), general Augusto Heleno, usou suas redes sociais neste domingo (13) para atacar o jornalista Janio de Freitas, colunista da Folha de S.Paulo, após ele dizer que o militar é um “velho mentiroso” ao negar sua participação no esquema envolvendo interferência na Abin para beneficiar Flávio Bolsonaro - o filho 01 do presidente Jair Bolsonaro é acusado pelo Ministério Público por crimes de organização criminosa, peculato e lavagem de dinheiro no chamado esquema da rachadinha.
Heleno irritou-se e postou uma mensagem em sua conta no Twitter chamando o jornalista, um dos mais consagrados e respeitados do país, de “medíocre, insosso e inexpressivo”.
“Jorn Jânio de Frestas.Já provei sua desonestidade intelectual. Outra vez,vc me acusa de mentiroso. Mentiroso é vc, que, por um distúrbio mental, me atribui fatos que nunca aconteceram. Trate-se. Vc é medíocre, insosso e inexpressivo profissionalmente. Pior ainda,como ser humano”, disse o principal escudeiro de Jair Bolsonaro.
Janio escreveu em artigo: "O general Augusto Heleno Pereira negou a revelação da revista Época. É um velho mentiroso. Isso está provado desde os anos 90, quando me escreveu uma carta negando sua suspeita ligação com Nicolau dos Santos Neto, o juiz da alta corrupção no TRT paulista. Tive provas documentais para desmenti-lo. Estava então no Planalto de Fernando Henrique. Com Bolsonaro, além de desviar a Abin em comum com Alexandre Ramagem, que a dirige, Augusto Heleno já esteve em reuniões com os advogados de Flávio, que é agora quem o desmente".
"Ramagem, por sua vez, é o delegado que Bolsonaro quis na direção da Polícia Federal, causando a saída de Sergio Moro do governo. Fica demonstrado, portanto, pelas figuras de Augusto Heleno e Ramagem no desvio de finalidade da Abin, que Bolsonaro tentou controlar a PF para usá-la na defesa de Flávio, de si mesmo, de Carlos, de Michelle, de Fabrício Queiroz e sua mulher Márcia e demais componentes do grupo”.
“Se nem essa corrupção institucional levar à retirada de toda a corja, será forçoso reconhecer um finalzinho. Não da pandemia, como disse Bolsonaro. Do Brasil, mesmo” acrescentou o jornalista.
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