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Governo do Rio ordenou divulgação de 400 mil em ato esvaziado de Bolsonaro


(Reprodução/Redes sociais)
(Reprodução/Redes sociais)

No último domingo (16), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) participou de um ato com apoiadores na orla da praia de Copacabana, quando pediu apoio ao projeto de lei no Congresso que concede anistia aos envolvidos nos ataques à sede dos Três Poderes, em Brasília. Porém, Bolsonaro esperava que mais de um milhão de pessoas participasse do protesto.


Em publicação nas redes sociais, a Polícia Militar (PM) do Rio de Janeiro divulgou que mais de 400 mil pessoas participaram do ato na capital fluminense, uma medida que fugiu da tradição da corporação, que não costuma divulgar números de manifestações, que também contou com a participação do governador Cláudio Castro (PL). Conforme o portal g1, o pedido partiu do próprio Palácio da Guanabara.


Os dados são muito superiores à estimativa divulgada pela Universidade de São Paulo (USP), que conta com um setor especialista na publicação desses números. Segundo o estudo, o público presente não ultrapassou 18 mil na região. O Datafolha calculou um público de 30 mil, enquanto um levantamento divulgado pelo portal Poder360 projetou 26 mil presentes. Todas as estimativas ficam muito abaixo do público reunido por Bolsonaro em atos anteriores.


Diante da baixa presença de público, o g1 informou que Castro teria ligado para o comando da PM, que teria estimado a presença de 50 mil pessoas em Copacabana, e deu a ordem para que o outro número fosse divulgado. O governador do Rio negou qualquer tipo de interferência e destacou que a corporação já realizou a medida em eventos anteriores.


A reportagem do g1 destacou ainda que o próprio comando chegou a questionar o dado ao fazer uma fotografia do alto, que contestava a presença de quase meio milhão de pessoas no ato.


A manifestação realizada por Jair Bolsonaro, em prol da anistia aos condenados pelo 8 de Janeiro, reuniu um público abaixo do esperado, tornando-se o mais esvaziado já realizado pelo ex-presidente.


Em 25 de fevereiro de 2024, por exemplo, um ato convocado por Bolsonaro na avenida Paulista, em São Paulo, reuniu cerca de 300 mil pessoas. Em 21 de abril daquele ano, em um ato em Copacabana, Bolsonaro reuniu cerca de 45 mil pessoas. Em 7 de setembro de 2024, 60 mil pessoas compareceram ao ato convocado pelo ex-presidente na avenida Paulista, número muito abaixo dos cerca de 100 mil registrados na mesma data, em 2022, em Copacabana.


Da Sputnik Brasil

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