Governo Lula aceita convite e Brasil irá ingressar na Opep+
Atualizado: há 2 dias

O Brasil vai aderir à carta de cooperação dos países produtores de petróleo, ligada à Opep+. A decisão é do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), que se reuniu nesta terça-feira (18).
Além de aprovar a participação brasileira no fórum criado pela Opep+, o CNPE também autorizou a entrada do Brasil na Agência Internacional de Energia, bem como a participação na Agência Internacional de Energia Renovável.
Segundo o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, essas agências são fundamentais para o futuro das energias no mundo, e a adesão a elas fortalece o país do ponto de vista da transição energética.
Silveira falou sobre o assunto após participar da reunião do CNPE em Brasília. Ele lembrou que o Brasil foi convidado para fazer parte da carta de cooperação dos países produtores de petróleo durante uma visita do presidente Lula aos Emirados Árabes, na COP28.
O ministro ressaltou que o país precisa crescer, se desenvolver, gerar renda, emprego e oportunidades para seus cidadãos, e que os tributos obtidos nesse setor poderão ser aplicados em áreas como educação, saúde e segurança.
Transição energética e margem Equatorial
“O Brasil é o líder das energias limpas e renováveis e é líder da transição energética global. Ele não pode deixar de participar de um fórum, em especial nesse momento. É importante ressaltar: o Brasil tem, na figura do presidente Lula, o maior líder capaz de fortalecer uma governança global para transição energética. Em especial, quando as loucuras se sobrepõem à racionalidade”, disse o ministro - citado pela Agência Brasil -, ao se referir às recentes mudanças no cenário político dos Estados Unidos (EUA).
O ministro falou também sobre o interesse brasileiro sobre reservas petrolíferas no subsolo da Margem Equatorial, localizada no delta do Rio Amazonas, na Região Norte.
“Não explorar ou não conhecer a Margem Equatorial, e dar o direito aos brasileiros de conhecer as nossas potencialidades minerais, seria uma insanidade”, disse o ministro, ao classificar como “questão ideológica” opiniões divergentes. “Não tem racionalidade porque, primeiro, é estratégico conhecer os potenciais”, disse, em meio a argumentações de que o petróleo ainda é uma questão de demanda global.
Essa demanda seria suprida por grupos como o da Saudi Aramco, empresa estatal petrolífera da Arábia Saudita, considerada a maior do mundo em termos de produção e reservas de petróleo cru.
“Para se ter uma ideia, a Petrobras vale US$ 100 bilhões. Já a Saudi Aramco vale US$ 1,8 trilhão na bolsa. Ela equivale a 18 Petrobras”, argumentou o ministro.
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