Humilhação: vídeo foi exigência de Bolsonaro a Pazuello
O anúncio da parceria entre o Ministério da Saúde e o Instituto Butantan (órgão ligado ao governo de São Paulo), envolvendo o ministro Eduardo Pazuello, o governador João Doria e a vacina chinesa Coronavac, deixou o presidente Jair Bolsonaro tão irritado que ele determinou uma condição básica para manter o ministro da Saúde no cargo: o general teria que se retratar publicamente.
A informação foi confirmada pela jornalista Bela Megale, do Globo, que afirma que, poucas horas depois, o secretário-executivo do ministério, Élcio Franco, deu uma entrevista coletiva à imprensa voltando atrás no anúncio feito no dia anterior sobre a parceria para a compra de 46 milhões de doses da vacina que tem João Doria - considerado inimigo por Bolsonaro - como seu maior entusiasta.
A entrevista, no entanto, não foi suficiente para satisfazer Bolsonaro, e Pazuello teve que pagar mais um pedágio de desculpas e gravou um vídeo com o presidente na tarde de quinta-feira (22), no qual resumiu: “um manda e o outro obedece. Mas a gente tem carinho, dá pra desenrolar”. O presidente, que passou a quarta-feira sendo acalmado pelos bombeiros da Esplanada, amenizou: “Falaram até que a gente estava brigado. No meio militar, é comum acontecer isso aqui, não teve problema nenhum”.
A ideia da gravação partiu do próprio Bolsonaro, segundo um auxiliar do presidente.
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