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Lula e Ciro unificam a esquerda contra Bolsonaro

Atualizado: 30 de out. de 2020


(Foto: Ricardo Stuckert/Instituto Lula)

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ex-ministro Ciro Gomes (PDT), que estavam rompidos desde 2018, selaram as pazes em uma conversa. O gesto pode significar o início de uma reaproximação entre os partidos de esquerda visando a disputa presidencial de 2022 contra Jair Bolsonaro, apesar de o assunto não ter sido abordado no encontro.

O encontro entre os maiores líderes da esquerda brasileira ocorreu na sede do Instituto Lula, em que Ciro listou suas mágoas e o ex-presidente falou dos ataques ao PT. Em entrevista recente, Lula chegou até a incluí-lo na lista de presidenciáveis.

A trégua foi intermediada pelo governador do Ceará, Camilo Santana, filiado ao PT, mas aliado dos irmãos Ferreira Gomes em seu estado. As tratativas para viabilizar a conversa duraram mais de um mês, informa o Globo.

Os dois líderes políticos concentraram a conversa na análise do atual governo e na situação da pandemia no país. Conversaram também sobre as razões do resultado eleitoral de 2018.

Desde o encontro, Ciro e Lula mudaram o tom ao se referirem um ao outro e cessaram os ataques mútuos.

Em entrevista ao Roda Viva, da TV Cultura, na segunda-feira (26), o ex-marqueteiro do PT João Santana chegou a sugerir que uma chapa com Ciro presidente e Lula na vice seria imbatível em 2022.

Impeachment

Ciro foi ao Twitter nesta quinta para repercutir a notícia e para defender o diálogo "com quem for necessário para proteger a nação brasileira". Ciro critica o presidente Jair Bolsonaro e sugere o seu impeachment.

Confira a sequência de postagens do líder do PDT.

- Promover o impeachment desse presidente genocida e irresponsável para proteger a democracia brasileira e punir seus reiterados crimes de responsabilidade;


- discutir alternativas de mudanças ao modelo econômico para reverter a maior crise socioeconômica da história brasileira; e proteger o patrimônio nacional contra a entrega corrupta a barões locais e potências estrangeiras.


- Ao redor desses valores, considero-me mais que autorizado, sinto-me obrigado a construir, no que estiver ao meu alcance, o diálogo possível com quem for necessário para proteger a nação brasileira.


- Isso não muda em nada minha compreensão ao redor do atual momento brasileiro. Para além dos gravíssimos problemas estruturais, estamos na eminência de eleições municipais.


- Dessa forma, trabalho para que o voto do nosso povo tenha um duplo objetivo: escolher bons prefeitos e prefeitas, vereadores e vereadoras, que serão essenciais para mitigar a gravíssima extensão da crise, que se agravará em 2021, data de suas posses.


- E, também, estou tentando ajudar para que esse voto auxilie na construção de um caminho alternativo, que ofereça ao Brasil as bases de um novo projeto nacional de desenvolvimento, encerrando a confrontação odienta e despolitizada que tem dividido de forma perigosa a nação.


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