Lula reabre emergência de hospital no Rio: 'Modelo para o Brasil', diz
Após cinco anos fechada, a emergência do Hospital Federal de Bonsucesso (HFB), na zona Norte do Rio de Janeiro, foi reaberta nesta quinta-feira (6). A cerimônia contou com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, da ministra da Saúde, Nísia Trindade, e do prefeito da capital fluminense, Eduardo Paes.
O novo setor é especializado no atendimento de casos graves e tem capacidade para atender 700 pessoas por mês. A reabertura faz parte do Plano de Reestruturação dos Hospitais Federais do Rio de Janeiro. Além da emergência, houve também a retomada do Centro de Diagnóstico por Imagem com a disponibilização de exames de ultrassonografia e um novo equipamento de raio-x de alta precisão.
Em outubro de 2024, antes do início da administração do Grupo Hospitalar Conceição (GHC), uma empresa pública, 218 leitos estavam fechados, hoje a capacidade total de assistência da unidade foi retomada, totalizando 423 leitos. São leitos cirúrgicos, clínicos, obstétricos e pediátricos - 373 hospitalares e 50 de emergência, que agora estão disponíveis à população para o cuidado integral da saúde.
O presidente da República lembrou que o Rio de Janeiro tem seis hospitais federais, em funcionamento desde o período em que a cidade foi capital do país. Em seu discurso, Lula enfatizou que a saúde pública não deve ser utilizada como comitê eleitoral e garantiu que novos serviços serão oferecidos pela unidade hospitalar.
“Esse hospital pegou fogo há cinco anos, aqui não tem tomografia, ressonância magnética. A partir de agora, vamos recuperar a parte que está queimada e vamos fazer um centro de imagem para que o povo pobre tenha direito de fazer uma tomografia, uma ressonância magnética. Eu quero que vocês saibam que transformaremos os seis hospitais federais em modelo para o Brasil”, disse Lula durante o discurso.
Por sua vez, Nísia Trindade ressaltou a história da unidade de saúde, que desde 1948 atende à população fluminense e destacou que, nos últimos cinco anos, o hospital estava abandonado.
“Esse hospital não só pegou fogo, mas estava nas piores páginas da CPI [Comissão Parlamentar de Inquérito] da covid-19, porque, no governo anterior, toda a situação que era precária, se agravou muito mais. Pegamos um hospital abandonado, deteriorado, com os servidores desmotivados. É uma alegria estar aqui e dizer que o setor de transplante renal já voltou a funcionar. Este hospital também será uma referência para o programa de mais acesso a especialistas. É um grande complexo, junto com o Hospital dos Servidores, são os maiores hospitais que temos no Rio de Janeiro e garantem a assistência de alta complexidade à população”, ressaltou a ministra.
A emergência referenciada do Hospital de Bonsucesso, ou seja, que segue a regulação do Sistema único de Saúde (SUS), tem equipes trabalhando 24 horas por dia. São 48 enfermeiros, 130 técnicos de enfermagem, 20 cirurgiões e cinco pediatras por turno. Também foram adquiridas novas camas para os leitos da emergência - 32 adultos e 18 pediátricos, poltronas para garantir conforto na hora do paciente receber medicação, aparelhos de ecocardiograma e eletrocardiograma, monitores multiparamétricos, insumos e medicamentos.
Ao todo, o Ministério da Saúde vai investir R$ 263,7 milhões no Hospital Federal de Bonsucesso, sendo R$ 45,5 milhões em 2024 e mais R$ 218,29 milhões em 2025. Além da unidade, as emergências dos hospitais federais do Andaraí, na zona Norte, e do Cardoso Fontes, em Jacarepaguá, na zona Oeste, também foram reabertas na última segunda-feira (3).
Do Brasil de Fato
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