top of page
banner 100 dias niteroi 780x90 03 04 25.jpg

Líder camponês é morto na mesma cidade em que Irmã Dorothy foi assassinada


Liderança comunitária no Pará, Ronilson de Jesus Santos tinha 53 anos (Foto: Arquivo Pessoal)
Liderança comunitária no Pará, Ronilson de Jesus Santos tinha 53 anos (Foto: Arquivo Pessoal)

Liderança comunitária no Pará e defensor de um assentamento rural do Vale do Pacuru contra a investida de madeireiros, Ronilson de Jesus Santos, de 53 anos, foi assassinado com um tiro na cabeça no quintal de sua casa. A execução aconteceu na última sexta-feira (18) na cidade de Anapu, mesma onde a missionária estadunidense Dorothy Stang foi morta vinte anos antes.


Faltava pouco para o almoço e o caçula de seus três filhos saiu para buscar um peixe, o deixando sozinho em casa. Ao voltar, encontrou Ronilson sem vida. Integrante da Confederação Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura Familiar (Contraf), o agricultor estava à frente do assentamento Virola-Jatobá, um Projeto de Desenvolvimento Sustentável (PDS) onde vivem 120 famílias.


Quatro dias antes de ser morto, Ronilson postou nas redes sociais um vídeo denunciando madeireiros e pistoleiros que estariam montando acampamentos dentro da área destinada à reforma agrária. “Estão ali construindo barraco, tirando estaca, fazendo tudo, fazendeiro com pistoleiro dentro da área. Isso não pode acontecer”, afirmou.


O caso está sendo investigado pela Delegacia de Conflitos Agrários de Altamira (DECA) que, até o momento, informou não descartar qualquer linha de investigação mas já ter feito a identificação de suspeitos. Ninguém foi preso até o momento.


O ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, comentou o caso em sua rede social. Chamando de covardia a forma como Ronilson foi assassinado, Teixeira caracterizou a região como “palco de conflito entre agricultores e madeireiros” e informou que providências estão sendo tomadas. O chefe da pasta mencionou ter conversado com o secretário de segurança do Pará, Ualame Machado, pedindo “investigação e proteção aos demais agricultores”.


No mesmo post, Paulo Teixeira afirma ter requerido à ministra dos Direitos Humanos, Macaé Evaristo, a inclusão do acampamento e assentamento do Vale do Pacuru no Programa de Proteção de Defensores e Defensoras dos Direitos Humanos.


Os trabalhadores rurais de Virola-Jatobá vivem no terreno de cerca de 40 mil hectares desde 2016. Apesar de já ter sido regularizada pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) em 2002, a área segue em disputa.


Em nota, a Contraf Brasil apontou que o crime “atinge diretamente um território de luta e resistência da agricultura familiar e reforma agrária, e dos povos da floresta”. A confederação pontua, ainda, que está tomando “as medidas cabíveis para exigir a apuração rigorosa dos fatos e a punição dos responsáveis”.


Do Brasil de Fato

Comentários


banner 100 dias niteroi 300x250 03 04 25.jpg
Chamada Sons da Rússia5.jpg
Divulgação venda livro darcy.png

Os conceitos emitidos nas matérias assinadas são de inteira responsabilidade de seus autores e não refletem necessariamente a opinião do jornal. As colaborações, eventuais ou regulares, são feitas em caráter voluntário e aceitas pelo jornal sem qualquer compromisso trabalhista. © 2016 Mídia Express Comunicação.

A equipe

Editor Executivo: Luiz Augusto Erthal. Editoria Nacional: Vanderlei Borges. Editoria Niterói: Mehane Albuquerque. Editor Assistente: Osvaldo Maneschy. Editor de Arte: Augusto Erthal (in memoriam). Financeiro: Márcia Queiroz Erthal. Circulação, Divulgação e Logística: Ernesto Guadalupe.

Uma publicação de Mídia Express 
Comunicação e Comércio Ltda.Rua Eduardo Luiz Gomes, 188, Centro, Niterói, Estado do Rio, Cep 24.020-340

jornaltodapalavra@gmail.com

  • contact_email_red-128
  • Facebook - White Circle
  • Twitter - White Circle
bottom of page