Michelle e Eduardo Bolsonaro integravam ala mais radical da trama golpista
A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) integravam a ala "mais radical" favorável a Jair Bolsonaro (PL) dar um golpe de Estado no Brasil no final de 2022 após perder as eleições para Luiz Inácio Lula da Silva (PT). É o que revela o primeiro depoimento do ex-ajudante de ordens tenente-coronel Mauro Cid, prestado à Polícia Federal (PF) em 28 de agosto de 2023.
A íntegra do depoimento de Cid foi obtida por Elio Gaspari, colunista do Globo e da Folha de São Paulo, e contém seis páginas e lista 20 envolvidos em três núcleos de apoio ao ex-presidente..
A ex-primeira-dama e o filho 03 de Jair Bolsonaro não estão entre os 40 indiciados no relatório final da investigação da PF pelos crimes de abolição violenta do Estado democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa. O relatório foi entregue ao Supremo Tribunal Federal em novembro passado e está sob análise da Procuradoria-Geral da República, a quem cabe oferecer denúncia contra os indiciados ou arquivar o processo.
"Tais pessoas conversavam constantemente com o ex-presidente, instigando-o para dar um golpe de Estado, afirmavam que o ex-presidente tinha o apoio do povo e dos CACs [Colecionadores, Atiradores Desportivos e Caçadores] para dar o golpe", diz a transcrição do depoimento.
Segundo o depoimento do ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, também integravam essa ala mais radical do núcleo golpista o general Mario Fernandes, que era secretário-executivo da Secretaria-Geral da Presidência da República, Onyx Lorenzoni, ex-ministro de quatro pastas diferentes durante o governo Bolsonaro; Gilson Machado, ex-ministro do Turismo; Felipe Martins, ex-assessor para Assuntos Internacionais de Bolsonaro, e os senadores Jorge Seif (PL-SC) e Magno Malta (PL-ES).
No grupo dos "mais radicais", de acordo com o depoimento de Mauro Cid, estariam também o presidente do PL Valdemar Costa Neto, o ex-ministro da Saúde e hoje deputado federal general Eduardo Pazuello (PL-RJ) e o ex-chefe da Polícia Rodoviária Federal Silvinei Vasques.
Do grupo dos 40, apenas Felipe Martins e Mario Fernandes foram indiciados pela Polícia Federal no relatório final da trama golpista,
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