Ministério da Saúde contrata entrega tartaruga de seringas
Bilhões de seringas serão necessárias no mundo todo para serem usadas no controle da pandemia. Governos de dezenas de países correram para estocar o material para conseguir atender suas populações. O governo brasileiro se atrasou e o Ministério da Saúde optou pela entrega mais demorada ainda ao fechar um contrato de compra de 40 milhões de seringas com a Organização Panamericana de Saúde (Opas). A informação só foi tornada pública pelo governo, e publicada nesta terça-feira (12) no Globo, depois que o jornal utilizou a Lei da Acesso à Informação.
De acordo com o jornal, o ministério poderia ter escolhido o frete por avião, que previa a entrega de seringas entre dezembro de 2020 e fevereiro de 2021. No entanto, o preço para a compra e entrega do material foi considerado caro e o governo optou por um novo orçamento oferecido pela Opas, que prevê o transporte por navio. A entrega está marcada para a partir deste mês, sem uma data certa.
Segundo o governo, o primeiro orçamento, apresentado em setembro, estabelecia um valor total de US$ 4,6 milhões para a compra e entrega do material.
Ainda segundo o governo, foi pedido um novo orçamento, apresentado pela Opas em dezembro. O acordo foi fechado pelo valor de US$ 1,3 milhão.
Com uma licitação pública lançada só em dezembro, o governo federal tentou comprar 331 milhões de seringas. O máximo que conseguiu foram 7,9 milhões de unidades, somente 2,4% do total.
Especialistas afirmam que, se o governo tivesse se planejado com antecedência e comprado as seringas em meados do ano passado, como fizeram outros países já sabendo que seriam necessárias, teria pagado mais barato. O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, tem dito que não faltarão seringas e agulhas para vacinação da população.
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