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Negacionismo produz meio milhão de mortos no Brasil


(Reprodução)

Da "gripezinha" negando a gravidade da pandemia ao atraso na compra de vacinas e disseminação da cloroquina sem efeito contra o vírus, o Brasil ultrapassou neste sábado (19) a marca histórica com 500.022 brasileiros mortos pelo coronavírus. Há 148 dias, o País registra um quantitativo acima de mil mortes diárias. Na sexta-feira, já havia sido registrado um novo recorde, com 98.135 novos casos da doença em 24 horas. Tragédia anunciada pela negação das vacinas e desconstrução do consciente coletivo em relação à ciência.

No mesmo dia em que o país registra a trágica marca, milhares de brasileiros foram às ruas contra o governo Jair Bolsonaro, pedindo o impeachment do presidente da República e o avanço da vacinação em meio a escândalos sobre a gestão da pandemia no Brasil. Em apenas 51 dias, o Brasil perdeu 100 mil vidas, aumentando de 400 mil (29 de abril) para 500 mil mortes (19 de junho), com crescimento permanente na média diária de óbitos entre um marco e outro.

De acordo com depoimentos colhidos pela CPI da Covid, no Senado, se o governo Bolsonaro não tivesse se negado a comprar as vacinas CoronaVac e Pfizer quando elas foram oferecidas em julho, o Brasil teria pelo menos cerca de 100 milhões de doses a mais, e a vacinação estaria adiantada ao menos três meses.

Até sexta-feira, 62 milhões pessoas receberam pelo menos uma dose da vacina contra a covid-19 no país – 24 milhões delas já receberam a segunda dose. Percentualmente, 29,1% da população brasileira recebeu a primeira dose da vacina e 11,41% recebeu a segunda.

Estudos indicam que uma retomada mais segura da vida normal deve ser feita quando pelo menos 60% de toda a população estiver imunizada com as duas doses, ou pelo menos 75% da população adulta. A cidade de Serrana, no interior de São Paulo, serviu de base para a pesquisa e foi constatada uma queda de 95% no número de óbitos após ter alcançado mais de 95% da população adulta totalmente imunizada.

Especialistas alertam que cuidados como uso de máscara, distanciamento social e higiene das mãos devem ser mantidos mesmo após receber as duas doses da vacina, já que nenhum imunizante garante 100% de proteção contra a doença.

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