O Brasil "é sul global", afirma Celso Amorim

"O presidente está indo em maio para a Rússia, onde vai ter uma reunião bilateral com o Putin, e para a China, onde vai se encontrar com Xi Jinping", declarou, em entrevista à Folha de São Paulo, o assessor especial do presidente e ex-chanceler brasileiro. Celso Amorim. Ele destacou que a viagem do mandatário demonstra a autonomia do Brasil em meio à influência de Donald Trump no tabuleiro geopolítico.
Segundo Amorim, este movimento não significa que "a gente quer brigar com os EUA", mas mostra que o Brasil não está subordinado e mostra que o Brasil "é sul global".
“O presidente está indo [em maio] para a Rússia, onde vai ter uma reunião bilateral com o Putin, e para a China, onde vai se encontrar com Xi Jinping. Está mostrando claramente que o Brasil não está subordinado, não é só o Western Hemisphere. Ele é sul global, ativo, junto com as duas maiores potências do mundo fora os EUA”, afirmou.
Na mesma entrevista, o assessor especial da presidência pontuou que um dos grandes desafios do Brasil, atualmente, "é não ser colônia de ninguém".
"Você não pode dar um tiro no pé, colocar taxa em um produto essencial para o país, como o carvão siderúrgico, por exemplo. Mas há áreas no setor de serviços, de propriedade intelectual, de remessa de lucros, que, se o Brasil morder, eles vão pensar duas vezes antes de botar tarifa contra nós", comentou sobre a política do atual governo norte-americano de impor sobretaxas a seus parceiros comerciais.
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