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Opositor de extrema direita reúne apoio para intervir em posse de Maduro


Presidente panamenho José Mulino garantiu apoio à extrema direita venezuelana (Foto: Arnulfo Franco)

Do Brasil de Fato

Às vésperas da posse presidencial de Nicolás Maduro na Venezuela, o opositor de extrema direita Edmundo González Urrutia, que denuncia fraude e reivindica vitória nas eleições de 28 de julho, reuniu-se nesta quarta-feira (8) com o mandatário do Panamá, José Raúl Mulino.


Após o encontro, que ocorreu no Palácio de las Garzas, casa do governo panamenho, o ex-candidato presidencial pela Plataforma Unitária afirmou que Mulino o reconheceu e apoiou como “presidente” venezuelano.


“Muito obrigado por nos nomear como somos e continuaremos com esta luta até alcançarmos o respeito pela vontade do povo venezuelano”, discursou González ao lado de Mulino.


O opositor de Maduro ainda entregou ao presidente panamenho uma cópia de uma das atas eleitorais, documentos que detalham as votações em cada urna e são centro da discussão da legitimidade do pleito.


O material está em posse do Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela, que declarou Maduro como eleito com 51,2% dos votos. Contudo, a oposição contestou os documentos, alegou fraude sem apresentar provas e ainda divulgou um site com atas eleitorais falsas - ação pela qual González foi indiciado juridicamente na Venezuela.


Por sua vez, o presidente do Panamá falou sobre a “legitimidade” que González e Maria Corina Machado, líder da extrema direita venezuelana, representam.


“Para o Panamá, este não é um ato simbólico, é um ato de democracia. Vocês podem contar com nosso apoio político e moral. Desejo-lhe boa sorte em seu retorno a Caracas”, escreveu Mulino na rede social X, após a reunião.


Rechaço da Internacional Antifascista

Além de Mulino, González reuniu-se também com um grupo de ex-líderes latino-americanos neoliberais. Entre os ex-presidentes estão os mexicanos Vicente Fox e Felipe Calderón, a costarriquenha Laura Chinchilla, o colombiano Andrés Pastrana, o boliviano Jorge Quiroga e os panamenhos Mireya Moscoso e Ernesto Pérez Valladares. O opositor ainda planeja se reunir com uma dezena de chanceleres latino-americanos.


González prometeu voltar à Venezuela para "tomar posse" da Presidência, marcada para a próxima sexta-feira (10). Assim, os ex-presidentes buscam coordenar um avião que os levará à Venezuela junto com o opositor.


Contudo, o ministro do Interior venezuelano, Diosdado Cabello, garantiu que se González "pôr um pé na Venezuela, será preso e julgado". Na última terça-feira (7), o Parlamento venezuelano também declarou como "persona non grata" nove ex-presidentes que apoiam González Urrutia.


A passagem de González pelo país centro-americano aconteceu após o ex-candidato presidencial pela Plataforma Unitária viajar para os Estados Unidos - onde se reuniu com o presidente Joe Biden - Argentina e Uruguai. O opositor ainda viajará à República Dominicana, para angariar apoio contra a posse de Maduro.


Deste modo, a Internacional Antifascista da Costa Rica rechaçou, também na última terça-feira (7), a participação da ex-presidente Laura Chinchilla (2010-2014) nos planos golpistas em apoio a González na Venezuela.


Através de um comunicado, a organização condenou que a ex-mandatária tenha se unido ao grupo que planeja viajar com González até Caracas para resistir à posse de Maduro.


Ao afirmar que Chinchilla teve um “governo vergonhoso marcado pela defesa dos interesses imperiais”, o grupo denuncia “suas verdadeiras intenções de interferir nos assuntos internos venezuelanos”.


“Laura Chinchilla não tem autoridade moral alguma para interferir nos assuntos internos dos venezuelanos. Os assuntos internos da Venezuela são uma questão para o povo soberano dessa nação irmã. Se, apesar de ter sido declarada ‘persona non grata’ na terra natal de Bolívar em 2017, a ex-presidente decidir participar do espetáculo do golpe de 10 de janeiro, ela terá de assumir as consequências legais de suas ações”, instou o comunicado.


Lembrando a proximidade da ex-presidente com Gabriel Morales Fallón, empresário colombiano ligado ao tráfico de drogas - com quem Chinchilla viajou duas vezes em 2013 em um avião particular, alegando não saber de seu histórico - o grupo alertou que “agora a situação é muito diferente”.


“Se a senhora decidir viajar para a Venezuela como parte de um grupo de ex-presidentes desacreditados, que têm inúmeros casos de corrupção e muito sangue inocente nas mãos, acompanhados de um personagem antidemocrático, a senhora não poderá alegar desconhecimento. Seria melhor abster-se deste triste espetáculo, faça este favor”, alertou a Internacional Antifascista.


*Com AFP, TeleSUR e informações de Efeito Cocuyo

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