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Otan fará o maior exercício militar em décadas

A Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) dará início na próxima semana ao seu maior exercício militar desde 1988, durante a Guerra Fria. A operação intitulada “Steadfast Defender 2024” envolverá 90 mil soldados de 31 países aliados, incluindo a Suécia. Segundo o general Christopher G. Cavoli, comandante supremo da Aliança para a Europa (SACEUR), o exercício se estenderá até maio e será um evento significativo, demonstrando a capacidade da Otan de fortalecer a região euro-atlântica em resposta a cenários simulados de conflito emergente.



A operação ocorre no contexto em que a aliança militar está revisando estratégias de defesa após a invasão russa da Ucrânia. O presidente do Comitê Militar da Otan, o almirante holandês Rob Bauer, ressaltou que os 90 mil participantes constituem um número recorde de tropas mobilizadas para um exercício e sublinhou a importância de os países estarem preparados para enfrentar ameaças potenciais, como a Rússia e grupos terroristas.


Bauer enfatizou que o objetivo não é buscar conflitos, mas sim estar prontos para responder a ataques. Ainda assim, a Otan vê a Rússia como uma das principais ameaças, conforme admitiu Bauer.

"Em nossos planos de defesa, em nossa estratégia, descrevemos duas ameaças principais à aliança: a Rússia e os grupos terroristas. Consideramos a Rússia uma ameaça à Otan", afirmou.


"Os nossos planos de defesa são sobre isso. Somos uma aliança defensiva e temos que estar prontos para isso, e estamos prontos e continuamos nos preparando", apontou ele.


O jornal alemão Bild escreveu na terça-feira (16/1), com referência a um documento secreto das Forças Armadas da Alemanha, que Berlim está se preparando para um conflito entre a Rússia e a Otan, que supostamente poderia começar em 2025.

Getty Images

Guerra na Ucrânia


Com 50 navios, 80 aeronaves e mais de 1.100 veículos de combate envolvidos, as manobras militares abrangerão desde a América do Norte até o flanco oriental da Otan, próximo à fronteira com a Rússia. Na Europa ocidental, os exercícios devem se concentrar nos mais prováveis alvos da Rússia, segundo a Otan: a Polônia e os Países Bálticos (Lituânia, Estônia e Letônia).


Apesar das dificuldades enfrentadas pelas tropas terrestres russas devido à guerra na Ucrânia, a Marinha e a Força Aérea continuam sendo forças consideráveis, destacou o almirante Bauer.


O presidente do Comitê Militar da Otan observou que as sanções ocidentais impactaram os esforços de reconstrução das forças russas, mas Moscou ainda possui capacidade para aumentar a produção de artilharia e mísseis. Ele informou que os combates intensos persistem na Ucrânia, com a linha de frente relativamente estável.


O Reino Unido, contribuindo com 20 mil membros do Exército, Marinha e Força Aérea, se destaca como um participante significativo no exercício, mobilizando forças em toda a Europa Oriental como parte dos preparativos para possíveis agressões russas.


“A Rússia não será derrotada", diz Lavrov


A Rússia declarou nesta quinta-feira (18/1) que a operação militar russa na Ucrânia só vai terminar quando os ucranianos desistirem de se juntar à Otan. Horas depois, a Otan anunciou a realização do exercício militar.

Em entrevista coletiva em Moscou, o chanceler russo, Serguei Lavrov, afirmou que a proposta americana de retomar as negociações sobre o controle das armas nucleares é inaceitável enquanto os Estados Unidos e a Otan estiverem apoiando militarmente a Ucrânia.


Em fevereiro de 2023, a Rússia suspendeu participação no último tratado de controle de armas nucleares que ainda está em vigor e usou como argumento o apoio Ocidental aos ucranianos. O tratado entre Rússia e Estados Unidos foi assinado em 2010 no governo de Barack Obama e limitou em 1.550 o número de armas nucleares de cada uma das duas potências. Os dois lados poderiam inspecionar os arsenais nucleares um do outro.


Porém, a inspeção, assim como o tratado, foi suspensa por decisão do presidente russo Vladmir Putin. Teme-se que a suspensão poderia levar a uma nova corrida armamentista entre Estados Unidos e Rússia.


Lavrov voltou a repetir a exigência de que a Ucrânia desista de entrar para a Otan. E disse que a Rússia vai continuar com seus objetivos militares na Ucrânia e vai atingi-los.


A Ucrânia, por sua vez, tem reiterado que não vai desistir de ingressar na aliança militar do ocidente e que não pretende abrir mão disse em uma possível negociação para o fim do conflito. A guerra entre Rússia e Ucrânia completa dois anos no fim de fevereiro.


*Com informações das agências Reuters e Sputnik e do g1


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