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Paes manda arrancar da Lagoa fotos de crianças vítimas da violência no RJ


(Foto: Rio de Paz/Divulgação)

As fotos de crianças mortas por balas perdidas entre os anos de 2020 e 2024, no Rio de Janeiro, que foram colocadas, neste sábado (28), na Lagoa Rodrigo de Freitas, foram arrancadas por ordem do prefeito Eduardo Paes. A exposição das fotos, organizada pela Rio de Paz, visa denunciar a violência no estado.


A iniciativa incluiu fotos policiais militares mortos em conflito. As imagens permanecem no local.


A organização não governamental Rio de Paz informou que tomou conhecimento do sumiço das fotos e da faixa com a frase “Rio (2020-2024): 49 crianças mortas por balas perdidas”, por meio de mensagem postada em rede social. Ao todo, foram 49 fotos, incluindo o último caso, do menino de 4 anos, Diego Vieira Fontes, morto com os pais, na segunda-feira (23), em Paty do Alferes, no sul do estado.


“Deixaram só as placas dos PMs. Uma tristeza! Não temos ideia da motivação, muito menos de quem foi. Não sabemos nada. Fomos avisados por um seguidor que passou pela Lagoa e nos avisou agora de manhã por mensagem no Instagram”, disse a organização, antes de tomar conhecimento que a ordem de retirada do material partiu do prefeito.


O fundador da Rio de Paz, Antônio Carlos Costa, que, inicialmente, achou se tratar de ato de vandalismo, colocou flores no local e afirmou que a intenção é refazer o memorial, incluindo a faixa que também foi levada.


“Retiraram uma faixa de 10 metros, na qual nós chamávamos atenção dos que passam por esse local, que 49 crianças foram vítimas por bala perdida entre 2020 e 2024 e arrancaram as fotos desses meninos e meninas na sua maioria esmagadora moradores de comunidades pobres. Estamos aqui de volta, porque não vamos recuar dessa luta. É inadmissível que em pleno regime democrático, testemunhemos essas mortes de braços cruzados, sem oferecer resistência a face mais hedionda da criminalidade no Rio de Janeiro”, afirmou em vídeo encaminhado pela ONG.


De acordo com o Globo, Paes disse que os organizadores do ato deveriam ter pedido autorização prévia do município, o que não aconteceu.


Ainda segundo a mídia, Antônio Carlos Costa disse que vai buscar conversar com o prefeito, porque jamais pediu autorização para os atos.


"Vamos procurar o prefeito, obviamente, e vamos levar as mães e parentes (das crianças mortas) para nos reunirmos. Não abrimos mão, em hipótese alguma, de manter na região onde moram os principais formadores de opinião do Rio de Janeiro uma instalação que lembre que policiais e crianças estão morrendo há dezenas de anos, de modo banal no nosso estado, sem que solução seja encontrada pelo poder público", disse o dirigente da ONG, citado pelo Globo.


Ato

A colocação das fotos, nesse sábado (28), contra a morte de crianças por balas perdidas, ocorreu pouco mais de uma semana da Rio de Paz promover um protesto em Copacabana condenando os assassinatos.


O memorial em homenagem às crianças mortas por bala perdida foi criado em 2015, no mesmo local onde foi feita uma homenagem ao médico Jaime Gold, vítima de latrocínio naquele ano. Até ontem, estavam no local placas com os nomes das crianças, que foram substituídas pelas fotos usadas no protesto em Copacabana.


Voluntários, pais, mães, familiares e amigos das vítimas participaram do ato.


Com informações da Agência Brasil

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