Paes: “Rio está livre do pior governo da sua história”
Para grande parte do povo carioca o resultado das eleições no segundo turno para prefeito, realizadas neste domingo, representou um suspiro de alívio, pondo, como afirmou o candidato vitorioso, Eduardo Paes (DEM), um ponto final ao “pior governo” que a cidade já teve. Marcelo Crivella (Republicanos), candidato derrotado à reeleição, está agora com os dias contados na prefeitura carioca, de onde sairá no dia 31 de dezembro enxotado pela população, depois de fazer uma campanha baseada em agressões e fake news, com o apoio e endosso do presidente Jair Bolsonaro, igualmente derrotado.
Paes teve quase o dobro dos votos dados a Crivella: 1.629.319 (64,07% dos votos válidos) contra 913.700 (35,93% dos votos válidos). No entanto, o prefeito eleito retorna à prefeitura do Rio com um número de votos menor do que o de eleitores que não foram votar. As abstenções somaram um total de 1.720.154 eleitores que se ausentaram do pleito. Votos brancos totalizaram 157.610 e os nulos atingiram a soma da 431.104.
Brancos, nulos e abstenções representaram 54,25% do colégio eleitoral, demonstrando que as opções apresentadas na eleição do segundo turno desagradaram a maioria dos eleitores cariocas, que não quiseram votar em nenhum dos dois candidatos.
Após a confirmação da vitória, Paes, ao lado do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, liderança nacional do seu partido, deu declarações em que comemorou o fim do governo desastroso de Crivella:
"Quero anunciar que o Rio está livre do pior governo da sua história, do governo mais omisso, mais despreparado e mais preconceituoso. Todos aqueles que confiaram nas nossas propostas também queriam dar um ‘não’ contundente a esse governo reacionário, que foi ruim na gestão, piorou a vida das pessoas e que olhou a cidade com muito preconceito".
Outros municípios
Em São Gonçalo, contrariando as pesquisas de opinião pública divulgadas, o candidato do Avante, Capitão Nélson, derrotou por pequena margem de votos Dimas Gadelha, do PT. Ele teve 189.719 votos (50,79% dos votos válidos), contra 183.811 votos (49,1% dos votos válidos) do candidato progressista, que formou uma chapa com o PDT, articulada pelo prefeito de Niterói, Rodrigo Neves.
Em Campos, onde o prefeito da antiga capital fluminense também operou como articulador político, o filho do ex-governador Anthony Garotinho, Wladimir Garotinho (PSD), derrotou o candidato do PDT, Caio Vianna, por 121.174 votos (52,40%) contra 110.094 votos (47,60%). No entanto, Wladimir Garotinho, alvo de operação do Ministério Público estadual, apurando a prática de fake news, dois dias antes do pleito, concorreu sub-júdice, deixando dúvidas sobre a confirmação das eleições.
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