PF indicia mais três militares no inquérito da tentativa de golpe de Estado
A Polícia Federal (PF) indiciou nesta quarta-feira (11) mais três militares investigados no inquérito que apura a formatação de um plano de golpe de Estado durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro. Os indiciamentos (um complemento para o relatório final entregue em 26 de novembro) foram enviados ao Supremo Tribunal Federal (STF).
Os novos indiciados são Aparecido Andrade Portela, que é militar da reserva do Exército e suplente da senadora Tereza Cristina (PL-MS); Reginaldo Vieira de Abreu, ex-chefe de Gabinete do general da reserva Mario Fernandes na Secretaria-Geral da Presidência, acusado de atuar no planejamento do golpe, e o militar da ativa Rodrigo Bezerra de Azevedo, kid-preto do Exército, acusado de participar do trabalho de monitoramento do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Em depoimento à PF, Aparecido Portela e Reginaldo Abreu ficaram em silêncio. Rodrigo Bezerra negou participação no plano golpista.
Com os indiciamentos, o inquérito que investiga a tentativa de golpe passa a contar com 40 indiciados, sendo 29 militares, entre eles, o ex-presidente Jair Bolsonaro e os ex-ministros Walter Braga Netto e Augusto Heleno. O relatório final da PF, enviado ao STF, apontou que Bolsonaro atuou ativamente na trama golpista. Agora, cabe à Procuradoria-Geral da República (PGR) decidir pela apresentação da denúncia. Na sequência, caberá ao Supremo decidir se aceita a denúncia e inicia o processo, tornando réus os indiciados, ou se arquiva o pedido.
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