Preso por corrupção, pai de Jairinho está de volta à Alerj
A polêmica está de volta à família dos Jairos. Com o filho preso, acusado pelo assassinato do enteado, de 4 anos, e indiciado também por agressões contra uma outra criança, de 3 anos, o ex-deputado Coronel Jairo está de volta à Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). O retorno à vida política ocorre dois anos e oito meses depois de ter o mandato como deputado estadual interrompido ao ser preso pela Polícia Federal, acusado de embolsar R$ 2,8 milhões em propina num esquema de apoio ao ex-governador Sérgio Cabral, condenado a mais de 300 anos de prisão.
Coronel Jairo, que já foi investigado como suspeito de ligação com milícia da Zona Oeste do Rio, teve seu termo de posse publicado nesta quarta-feira (2) no Diário Oficial do Poder Legislativo. Ele assumiu na vaga do deputado Rodrigo Barcellar (Solidariedade) - de quem era suplente -, que foi nomeado pelo governador bolsonarista Cláudio Castro para a Secretaria de Governo do Estado, num rearranjo político visando as próximas eleições.
Coronel Jairo foi preso em 14 de novembro de 2018, apontado como um dos 10 parlamentares que integravam a quadrilha de Sérgio Cabral (MDB) na Alerj. De acordo com a denúncia do MP-RJ, ele teria recebido pelo menos R$ 2,8 milhões como pagamento de "mesada", entre 2011 e 2014. O ex-policial militar também é investigado em outro processo sobre prática de rachadinha envolvendo funcionários do seu gabinete à época, quando estava no PSC, ex-partido também do atual governador, que este ano pulou para o PL.
O Ministério Público afirma que a função de Coronel Jairo na Alerj era voltada para a prática de crimes, inclusive indicando nomes para o Detran que viabilizavam diversos tipos de fraudes.
Seu filho, o ainda vereador Dr. Jairinho, continua preso como réu pela morte do menino Henry Borel. Nesta terça, ele também foi indiciado por um novo crime, desta vez por agressões contra o filho de uma então amante, em 2016.
Também nesta terça, o MP-RJ afirmou que vai pedir o bloqueio de bens de Jairinho e de sua companheira, Monique Medeiros, mãe do menino assassinado, que também se encontra em prisão pelo crime. O objetivo é garantir que o patrimônio do casal não seja vendido e possa cobrir uma eventual indenização ao pai de Henry, o engenheiro Leniel Borel, avaliada em R$ 1,5 milhão.
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