Primeiras doses da CoronaVac chegam a São Paulo
O governo do estado de São Paulo recebeu na manhã desta quinta-feira (19) as 120 mil primeiras doses, que fazem parte de um lote de seis milhões previsto para chegar até o final de dezembro, da vacina contra Covid-19 CoronaVac, motivo de uma guerra política entre o presidente Jair Bolsonaro e o governador João Doria.
Doria acompanhou a chegada dos lotes no Aeroporto de Guarulhos, por volta das 7h30. As doses serão armazenadas em um local que não foi divulgado por questões de segurança.
Além das vacinas, o Instituto Butantan deve receber parte da matéria-prima para fabricar outras 40 milhões de doses, informou o governo de SP.
"Ficamos, portanto, apenas no aguardo do registro da Anvisa. É a primeira vacina que aporta em solo nacional. Isso é importante: o Brasil já tem a sua vacina, que vai estar aguardando os trâmites junto à Anvisa e junto ao Ministério da Saúde para poder iniciar o programa de vacinação", afirmou Dimas Covas, diretor-geral do Instituto Butantan.
Dimas ressaltou que espera que a vacinação comece em meados de janeiro no máximo até fevereiro.
As fases 1 e 2 do estudo da vacina envolveram 743 voluntários saudáveis na China, de 18 a 59 anos, sendo que na fase 1 foram 143 e na fase 2 – 600. Durante a fase 3, que já conta com milhares de voluntários, será medida a eficácia da vacina.
'Vacina da China'
A vacina CoronaVac é desenvolvida em parceria entre o Instituto Butantan, de São Paulo, e a farmacêutica chinesa Sinovac. A candidata a imunizante contra a Covid-19 está em fase avançada de testes e tornou-se pivô de polêmica após o presidente Bolsonaro, por conta de uma polarização político-ideológica, interferir no Ministério da Saúde para impedir que o governo federal comprasse as primeiras 46 milhões de doses da vacina em acordo com o governo do estado de São Paulo. A interferência do presidente desautorizou um acordo já fechado, abrindo nova crise no governo.
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