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Projeto sustentável pode salvar 'Cabana do Pescador'

A Cabana do Pescador, uma construção feita por pescadores em 1940, entre as Praias do Peró e das Conchas, em Cabo Frio, pode em breve ficar livre do risco de demolição. Em audiência pública na praia, convocada pela Justiça Federal, o município recebeu um prazo de 30 dias para apresentar projetos, com aprovação do INEA, de uso sustentável do patrimônio, que já foi cenário de novelas, filmes e é o portão de entrada das trilhas do Morro do Vigia, as mais procuradas da Costa do Sol.

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Autor do projeto-de-lei que tombou a cabana quando era deputado estadual, o prefeito de Cabo Frio, dr. Serginho, disse que a construção foi inspecionada por três secretários municipais e técnicos da Prefeitura e que dois projetos de uso sustentável da cabana já estão praticamente prontos para serem submetidos ao INEA (a construção fica em terreno de marinha e em parque estadual de proteção integral), ao Ministério Público e à Justiça Federal. Autoridades e a comunidade aplaudiram a decisão da juíza federal Mônica Lúcia Botelho de ouvir todas as partes, inclusive a família dos herdeiros, antes de tomar a decisão final sobre o destino da cabana.


“O objetivo da audiência na praia foi começar um diálogo entre a União, MPF, comunidade e herdeiros. Houve um grande avanço para que a construção não seja demolida com a apresentação de projetos voltados à preservação do equilíbrio ambiental e o aspecto cultural do local. Eu poderia tomar a decisão do meu gabinete, mandando executar a demolição, mas preferi ouvir todos, em especial a comunidade” - explicou a magistrada.


Dr. Serginho disse que está empenhado em preservar o patrimônio, conhecido popularmente como “Casa do Tufão” (cenário da novela Avenida Brasil), desde quando pediu o tombamento do local:


“A Cabana do Pescador tem quase um século e precisa ser preservada, para a história, a cultura, o turismo e o meio ambiente de Cabo Frio e toda a Costa do Sol. A Justiça Federal está de parabéns por buscar o diálogo, como estamos fazendo nas nossas ações. O município vai fazer a sua parte para que a cabana não seja demolida. E também vamos transformar em referência ambiental o Peró logo após o Carnaval” – assegurou o prefeito.

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O procurador do MPF, Leandro Mitidieri, falou sobre a missão do MPF de preservar o uso público das praias, de propriedade da União, discorreu sobre o processo de demolição dos quiosques da Praia das Conchas e disse que as novas tendas na praia devem ser tocadas pelos antigos funcionários dos quiosques demolidos e não pelos proprietários.


“O MPF, que pediu a demolição dos quiosques da Praia das Conchas e de outras praias da região, não quer que a Cabana do Pescador seja usada como restaurante, pousada ou resort. É preciso encontrar uma solução que contemple a proteção ao meio ambiente e o amparo à família dos pescadores que moravam ali. Algo voltado para pesca tradicional do local” – disse o procurador.


O secretário de Meio Ambiente de Cabo Frio, Jailton Dias Nogueira, afirmou que a audiência pública na praia “foi histórica”.


“A juíza foi maravilhosa. Vamos transformar a Cabana do Pescador num espaço multidisciplinar voltado para a cultura, o turismo e o meio ambiente, dando pertencimento a uma referência mundial que está ali antes da legislação ambiental. Foi um momento marcante chamar a comunidade para discutir o destino do local” – elogiou.


O presidente da Associação Turística do Peró, Anderson Aker, também aplaudiu a justiça federal e informou que as medidas anunciadas vão de encontro aos anseios da comunidade e do turismo de qualidade. Um dos fundadores do movimento Amigos do Peró, Jorge Murilo de Oliveira lembrou a formação do grupo, que também lutou pela Bandeira Azul na Praia do Peró:


“Sem entrar no mérito da questão, o projeto de construção de um grande resort no Peró foi derrubado por ações de pessoas e políticos oportunistas estranhos ao Peró, ao contrário da audiência da Cabana do Pescador. Vamos aguardar com ansiedade a aprovação do projeto da Prefeitura para preservar a cabana e amparar a família do Jamil dos Anos, último morador do local” – concluiu.

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