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Queiroga quer checar nas UTIs se há tanta morte por Covid

Atualizado: 20 de mar. de 2021


Médico Marcelo Queiroga foi anunciado como ministro da Saúde por Bolsonaro mas não tomou posse (Reprodução)

O médico Marcelo Queiroga, que foi anunciado como ministro da Saúde mas ainda não tomou posse, pretende ir pessoalmente aos hospitais checar se as UTIs estão lotadas e se as pessoas estão mesmo morrendo de Covid-19. A informação foi publicada pelo colunista Lauro Jardim no Globo.

Enquanto o Brasil amarga o título de país com mais mortes diárias por Covid-19 no mundo e vive seu pior momento na pandemia, com falta de vagas em UTIs para tratamento de pacientes com coronavírus e sem que o governo tenha um plano nacional efetivo de combate e de imunização, o anunciado novo ministro da Saúde diz em conversas que, ao tomar posse, pretende ir aos hospitais numa espécie de blitz.

A medida lembra as invasões a hospitais por bolsonaristas, em junho do ano passado, incentivadas pelo próprio presidente da república. Naquela ocasião, Jair Bolsonaro disse em uma live: ""Tem um hospital de campanha perto de você, tem um hospital público, arranja uma maneira de entrar e filmar. Muita gente tá fazendo isso, mas mais gente tem que fazer, para mostrar se os leitos estão ocupados ou não."

No dia seguinte à incitação do presidente, um grupo formado por pelo menos seis pessoas invadiu e depredou o Hospital Ronaldo Gazolla, referência no tratamento da Covid-19 no Rio de Janeiro. Segundo relatos, os invasores, ensandecidos, gritavam: "Mentira! mentira!".

Como faz desde o início da pandemia, Jair Bolsonaro mantém a campanha negacionista e coloca em dúvida o número de mortes pela doença, ignorando o papel de milhares de profissionais que estão à frente da pandemia desde o primeiro dia.

"Parece que só morre de Covid. Você pega, você pode ver... Os hospitais estão com 90% das UTIs ocupadas. Quantos são de Covid e quantos são de outras enfermidades?", disse Bolsonaro.

Segundo o colunista do Globo, Queiroga, nestas conversas, tem também se mostrado preocupado com a vacina de Oxford, a que a Fiocruz está produzindo. Disse que a suspensão de sua aplicação em diversos países europeus deve ser acompanhada com muita atenção.

Nesta sexta-feira, o Brasil completou duas semanas na frente dos Estados Unidos em número de mortes diárias por Covid-19, quando registrou 1,8 mil novos óbitos (contra 1.763 dos EUA).

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