Reunião de ministros do G20 na África do Sul é prévia para cúpula

Foi finalizada nesta sexta-feira (21/2) a reunião dos líderes de política externa dos países do G20 em Joanesburgo, na África do Sul. Após o evento, o chanceler sul-africano, Ronald Lamola, realizou uma conferência de imprensa como representante do país que detém a presidência rotativa do grupo neste ano. Ele garantiu que todas as opiniões expressas durante a reunião serão consideradas pela liderança sul-africana na preparação para a cúpula do G20. Segundo Lamola, durante o encontro, as partes destacaram a necessidade de reformar as instituições de governança global.

Foto: Ministério das Relações Exteriores da Rússia

"Esperamos a participação ativa e a contribuição de todas as delegações dos países do G20 nas próximas reuniões. Isso ajudará a reiterar o papel crucial do G20 na cooperação econômica internacional e sua responsabilidade coletiva pela gestão eficaz da economia global para um crescimento sustentável, inclusivo e estável", disse ele.

O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Serguei Lavrov, também realizou uma conferência de imprensa após o encontro de dois dias. Ele destacou que a África do Sul está concluindo o ciclo de presidências dos países do BRICS no grupo, que começou com a Indonésia em 2022 e continuou com a Índia e o Brasil em 2023 e 2024.

"Essa sequência de presidências do BRICS no G20, é claro, trouxe um resultado positivo, permitindo fortalecer as posições do Sul Global no G20. Tudo isso contribui para o estabelecimento de uma ordem mundial multipolar mais justa, baseada na igualdade soberana dos Estados", afirmou Lavrov.

O ministro russo lembrou que, em 2023, a União Africana se tornou membro do G20, e que atualmente a Liga Árabe e a Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC) estão interessadas em obter esse status. Ele enfatizou que a Rússia apoia essa tendência e não descartou que, no futuro, a União Econômica Eurasiática (UEE) possa ocupar um lugar no G20.

Lavrov expressou satisfação com os resultados da reunião ministerial, destacando que os países do G20 conseguiram estabelecer um vetor positivo para a cooperação futura e aumentar a atenção às questões dos países do continente africano e do Sul Global.

A reunião de dois dias também contou com a participação de representantes dos Ministérios das Relações Exteriores do Brasil, Índia, China, Indonésia, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia, Arábia Saudita, Nigéria e outros países.

O chanceler brasileiro, Mauro Vieira, agradeceu à liderança sul-africana por definir as prioridades da presidência do G20, levando em consideração os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU.

"Sendo parte da Troika do G20 e um país com uma economia em desenvolvimento, o Brasil apoia totalmente a África do Sul e espera uma cooperação frutífera para transformar as discussões atuais em soluções práticas", defendeu o chanceler brasileiro.

Por sua vez, o ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, pediu aos países participantes que ouvissem a voz da África e fizessem todos os esforços para promover a prosperidade do continente. Ele afirmou que os países do G20 devem trabalhar juntos para garantir a paz em todo o planeta e a multipolaridade.

O ápice da presidência sul-africana no G20 será a cúpula dos líderes do grupo, que ocorrerá em novembro de 2025 em Joanesburgo.

Fonte: TV BRICS, parceira do TODA PALAVRA