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Ridicularizado, Bolsonaro insiste no discurso contra urnas eletrônicas


Desfile de tanque esfumaçado virou meme nas redes sociais (Reprodução)

Um dia depois do papelão de promover um desfile de blindados militares na Esplanada dos Ministérios para pressionar o Congresso, o presidente Jair Bolsonaro voltou a levantar suspeitas sobre as urnas eletrônicas, sem ter provas, e a mentir para seus apoiadores sobre o resultado da votação contra o voto impresso na Câmara.

Nesta quarta-feira (11), mesmo após ser derrotado na Câmara e ridicularizado pelos tanques esfumaçados - que viraram memes nas redes sociais (veja ao final da matéria) -, Bolsonaro afirmou que metade do parlamento votou a favor do voto impresso e que os que votaram contra a proposta, assim como parte dos que não participaram da sessão na Câmara, foram "chantageados" e tinham medo de uma "retaliação".

“Quero agradecer à metade do Parlamento que votou favorável ao voto impresso. Parte da outra metade que votou contra entendo que votou chantageada. Outra parte que se absteve, dessa parte alguns ali também não votaram com medo de retaliação”, disse Bolsonaro para seus apoiadores no Palácio da Alvorada.

"Número redondos, 450 deputados votaram ontem, foi dividido. 229, 218, dividido. Então é sinal que metade não acredita 100% na lisura dos trabalhos do TSE. Não acredita que o resultado no final ali seja confiável. Dessa outra metade que votou contra, você tira PT, PCdoB, PSOL que para eles é melhor o voto eletrônico como está aí", disse Bolsonaro.

Os números desconstroem a mentira de Bolsonaro. Votaram a favor do voto impresso 229 deputados. Por se tratar de uma proposta de emenda à Constituição (PEC), eram necessários no mínimo 308 votos.

Outros 218 deputados votaram contra o voto impresso. E 65 deputados se abstiveram ou se ausentaram. Aqueles que não votam contribuem para a derrubada da proposta. Diante disso, o texto governista foi arquivado.

A Rede, PCdoB, PSOL e PCdoB foram os únicos partidos que votaram integralmente contra o voto impresso.

Bolsonaro insistiu que o resultado da votação mostra que "a maioria da população" apoia o voto impresso.

"Um recado para todo mundo: a maioria da população está conosco, está com a verdade. Então, pessoal, se nós vivemos numa democracia, se está difícil lutar enquanto tem liberdade, depois que vocês perderem a liberdade vai ser impossível lutar”, discursou.

Jair Bolsonaro prosseguiu repetindo fakenews sobre as eleições de 2022.

“Hoje, sinalizamos para uma eleição que… Não é que está dividida. Uma eleição onde não vai se confiar no resultado das apurações", disse ele, num momento em que todas as pesquisas recentes apontam uma alta na rejeição a seu nome e uma derrota certa no segundo turno para o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, com grande margem de diferença, e também para outros candidatos, como Ciro Gomes e João Doria.





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