Rodrigo Amorim tem candidatura a prefeito do Rio indeferida pelo TRE
O registro de candidatura de Rodrigo Amorim (União Brasil) à prefeitura do Rio de Janeiro foi indeferido nesta quinta-feira (5) pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE). A juíza Maria Paula Gouvêa Galhardo, da 125ª Zona Eleitoral do Rio, responsável pela decisão entendeu que o deputado estadual está inelegível porque, em maio deste ano, foi condenado em segunda instância pelo crime de violência política de gênero, cometido contra a vereadora de Niterói Benny Briolly (PSOL). Em discurso na Alerj em 2022, Amorim chamou a parlamentar de "boi zebu" e “aberração da natureza”, por sua condição de mulher trans.
Amorim ficou conhecido nacionalmente na campanha de 2018 ao quebrar a placa em homenagem à vereadora Marielle Franco (PSOL), assassinada em março daquele ano. Ele também teve suspenso o acesso aos recursos do Fundo Partidário e Fundo Especial de Financiamento de Campanha. E terá de devolver os recursos que já foram disponibilizados na conta bancária.
O pedido de impugnação da candidatura foi feito pela coligação O Rio Merece Mais, do candidato à prefeitura Tarcísio Motta, que inclui os partidos PSOL/Rede/PCB, e pelo Ministério Público Eleitoral do Estado do Rio de Janeiro.
No mês passado, Rodrigo Amorim havia conseguido efeito suspensivo da condenação, com o argumento de que era preciso esperar a Justiça terminar de julgar todos os apelos da defesa. Mantida a condenação, o deputado poderá ficar inelegível até 2032. O TRE entendeu agora que o efeito suspensivo não muda a inelegibilidade de Amorim.
Amorim afirmou que a decisão desta quinta-feira contraria uma outra decisão do desembargador corregedor do TRE Peterson Barroso Simão, que havia suspendido a inelegibilidade provocada por sua condenação no TRE-RJ. Ele disse que irá recorrer.
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