Seletiva de Optimist começa na terça-feira (4/3) em Niterói

Por Mehane Albuquerque, da Redação

Até o próximo sábado, dia 8 de março, o Clube Naval Charitas (CNC), em Niterói, vai sediar a Seletiva da Classe Optimist 2025, um dos eventos mais importantes da vela jovem do país. São mais de 150 velejadores, meninos e meninas de até 15 anos de idade e de diferentes estados, disputando vaga para representar o Brasil no circuito internacional, que tem como destaques os campeonatos Mundial, Europeu, Sul-Americano e Norte-Americano, além do Asiático e Africano. O evento é realizado pela OptiBra, a associação da classe, com a chancela da CBVela (Confederação Brasileira de Vela).

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O Optimist é um monocasco tripulado por um único velejador. Considerado um 'barco-escola', é utilizado para ensinar às crianças as primeiras noções de vela. Versátil e ágil, atrai milhões de jovens velejadores ao redor do mundo.

Ranking

Os pontos da Seletiva da Classe Optimist 2025 serão somados aos do campeonato brasileiro — que aconteceu em janeiro, no Iate Clube do Espírito Santo, em Vitória — para formar um ranking dos atletas que irão competir no exterior.

As vagas mais disputadas são as que classificam para o Mundial (os cinco primeiros colocados da somatória) e Europeu (dois melhores subsequentes na categoria feminino e masculino). As colocações posteriores no ranking classificam para os demais campeonatos.

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Pesos e medidas

Antes de entrar na água, barcos e equipamentos são medidos e pesados pela comissão técnica do evento, de acordo com as regras da classe. O casco do Optmist pesa 35 kg e mede 2,36m de comprimento.

As medições e treinos para a seletiva tiveram início ontem (1/3) e seguem até esta segunda-feira (3/3). Na terça (4/3), o campeonato começa pra valer.

Estão programadas 12 regatas ao longo de toda a prova, sendo três por dia. Na fase classificatória, que vai até a quinta regata, os competidores são divididos em flotilhas. As largadas estão previstas para às 13h.

Mensagens de incentivo

Os participantes receberam mensagens de incentivo de representantes de entidades da vela, de instituições e da vice-prefeita de Niterói, a velejadora olímpica Isabel Swan, que começou a trajetória no esporte a bordo de um Optmist.

Confira:

Treino com botos

Ontem, sábado (1/3), primeiro dia de treino e reconhecimento da raia na Baía de Guanabara, os atletas foram recepcionados por anfitriões muito especiais. Um grupo de botos deu boas-vindas aos velejadores, acompanhando os barcos e 'fazendo as honras das águas'.

Veja o vídeo:

Há quatro anos treinando e competindo no local, Miguel Morela, de 13 anos, atleta do Projeto Grael, disse que nunca tinha visto botos de perto.

"Foi uma experiência incrível", contou o adolescente, talento precoce da vela que ficou em primeiro nos brasileiros da classe Dingue de 2021 e 2022, velejando na proa do veterano timoneiro niteroiense e heptacampeão da classe, Rolf Schmidt.

Quintal de casa

Miguel Morela é um dos que representam Niterói na seletiva. Embora não tenha ficado entre os primeiros no brasileiro, conta com a vantagem de conhecer bem a raia e pode se sair bem na conquista de uma vaga no ranking, mirando o campeonato Sul-Americano.

Miguel Morela / Divulgação

Além dele, o velejador Arthur Lamin, do Clube Naval Charitas, terceiro colocado no brasileiro, é outro que estará competindo no 'quintal de casa' e tem grandes chances de ocupar um lugar no pódio ao final.

Entre os cariocas, os destaques são Manuel Bragança, campeão brasileiro deste ano, e os irmãos Henrique e João Lucena, do Iate Clube do Rio de Janeiro (ICRJ), segundo e quinto colocados no brasileiro. Todos cotados para uma boa posição no ranking.

Meninas na disputa

Na Classe Optmist, meninos e meninas correm as regatas juntos. A gaúcha Uma Creixell, do Clube Veleiros do Sul; a catarinense Lara Candemil, do Iate Clube Santa Catarina; e a carioca Maria Luiza Grossi, do ICRJ, estão entre as favoritas.

Figurando em quarto lugar no resultado geral do campeonato brasileiro, Uma Creixell foi a melhor na classificação feminina. Lara foi a segunda, na 11ª posição; e Maria Luiza, a terceira, ocupando o 17º lugar no placar final.