TCU dá 15 dias para Exército explicar distribuição de cloroquina
- Da Redação
- 12 de fev. de 2021
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O Tribunal de Contas da União (TCU) deu 15 dias para o Ministério da Saúde e o Exército Brasileiro explicarem a produção e distribuição de milhões de comprimidos de cloroquina, mesmo sem ter eficácia comprovada para o tratamento de doentes com Covid-19.
O ministro Benjamin Zymler, do TCU, pede informações sobre os critérios de produção pelo Laboratório Químico e Farmacêutico do Exército e distribuição para as secretarias estaduais e municipais. Zymler quer informações também sobre a compra de insumos para a fabricação do remédio - historicamente indicado para tratar pacientes com malária - e ainda sobre a guarda, fracionamento e distribuição dos 3 milhões de unidades do medicamento recebidos por doação do governo dos Estados Unidos no ano passado, quando, por orientação da agência de controle de saúde norte-americana, deixou de ser usado contra a Covid-19 no país.
Apesar de não ter eficácia comprovada contra o coronavírus, o medicamento foi sistematicamente recomendado pelo presidente Jair Bolsonaro como forma de tratamento contra a Covid-19. Dois ministros da saúde foram demitidos em meio à polêmica do uso do remédio para tratamento precoce da doença, até que o atual ministro, general Eduardo Pazuello, assumiu e o uso da cloroquina passou a ser padrão recomendado pela pasta.
Na semana passada, o TCU também cobrou um posicionamento oficial do Ministério da Saúde sobre o uso do medicamento, depois que Pazuello mudou o seu posicionamento e passou a afirmar que a pasta não indica qualquer medicação para ser utilizada no combate à Covid-19.
Com os questionamentos e pedidos de informações, Zymler deixa antever que o objetivo do TCU é confirmar uma possível prática de crimes e apontar seus responsáveis.
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