TCU: Manaus deve dizer se Pazuello pressionou uso de cloroquina
- Da Redação
- 8 de fev. de 2021
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O Tribunal de Contas da União (TCU) deu um prazo de dez dias para a Secretaria de Saúde de Manaus responder se foi pressionada pelo Ministério da Saúde a tratar pacientes com Covid-19 com cloroquina, hidroxicloroquina e ivermectina, remédios cientificamente ineficazes para o combate à doença - confirmado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e a Organização Mundial da Saúde (OMS).
A decisão foi tomada pelo ministro do TCU, Benjamin Zymler.
"Informe se houve algum tipo de pressão por parte dos membros da força-tarefa do Ministério da Saúde quando da visita feita no dia 11/1/2021, para que essa unidade de saúde difundisse a utilização de medicamentos como cloroquina, hidroxicloroquina e/ou ivermectina no tratamento precoce dos pacientes com COVID-19 nesse município", escreveu.
Zymler faz menção a uma visita de uma força-tarefa do Ministério da Saúde a Manaus, no início de janeiro, quando a cidade já registrava a falta de oxigênio e a disparada nos casos de hospitalizações causadas pelo novo coronavírus.
O ministro tomou a decisão com base em pedido do Ministério Público de Contas, que queria que o TCU determinasse ao ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, que parasse de ordenar o uso desses medicamentos.
No fim de janeiro, Zymler escreveu em despacho que a cloroquina só poderia ser fornecida pelo SUS no tratamento à Covid-19 se houvesse autorização da Anvisa ou de outras agências sanitárias estrangeiras, o que nunca ocorreu.
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