'Uma declaração de guerra de Israel', diz Hezbollah após explosões no Líbano
O líder do grupo xiita Hezbollah, Hassan Nasrallah, classificou as explosões coordenadas de dispositivos em todo o Líbano como um “massacre” e uma “declaração de guerra” contra o povo libanês.
Num discurso proferido nesta quinta-feira (19), o número um do Hezbollah garantiu que Israel pretendia “deliberadamente” matar milhares de pessoas numa questão de minutos. Acrescenta que alguns dos ataques ocorreram em hospitais, mercados, estabelecimentos comerciais e até residências, além de veículos particulares e vias públicas, onde se encontravam milhares de civis, incluindo mulheres e crianças.
"Durante dois dias, terça e quarta-feira, o inimigo quis matar pelo menos 5.000 pessoas em questão de minutos", disse Nasrallah, acrescentando que a ação constituiu um "grande golpe humanitário e de segurança sem precedentes na história do Líbano", e pode ser "sem precedentes no mundo".
O Hezbollah decidiu que o que ocorreu foi “uma grande operação terrorista” por parte de Israel, mas também afirma que poderia ser chamado de “declaração de guerra”. “Formamos vários comitês internos de pesquisa técnica, tecnológica e de segurança, que estão estudando todas as hipóteses”, acrescenta.
"Agressão criminosa"
Nos dias 17 e 18 de setembro, ocorreram explosões de pagers em todo o Líbano, deixando mais de 30 mortos e milhares de feridos. O Hezbollah e as autoridades libanesas culparam Israel pela “agressão criminosa” e o grupo xiita prometeu responder ao ataque.
Embora Israel não tenha admitido estar por trás das ações, 12 atuais e antigos funcionários da Defesa e Inteligência com conhecimento da operação disseram ao NYT que Tel Aviv estava de fato por trás da primeira vaga de explosões.
Autoridades de inteligência do país hebreu referiram-se aos pagers como “botões” que poderiam ser pressionados quando surgisse o momento oportuno, que aparentemente chegou esta semana, informou o jornal.
Da Agência RT
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